H225M Naval realiza com sucesso uma importante etapa da certificação. A versão naval do helicóptero multimissão H225M, completou uma importante etapa para conclusão da sua certificação. A campanha de tiro com os mísseis Exocet AM39 B2M2 foi realizada com o apoio logístico e operacional da Marinha do Brasil, a partir da Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia.
A entrega da primeira unidade desta versão à Marinha do Brasil, está prevista para o final de 2021, sendo parte do contrato assinado em 2008 entre o Consórcio Helibras-Airbus e o governo brasileiro, que prevê a entrega às três Forças Armadas Brasileiras de 50 aeronaves do modelo, incluindo sete versões diferentes, e produzidas na fábrica da Helibras em Itajubá (MG).
Especialmente desenvolvido para a Marinha do Brasil, a versão Naval da aeronave H225M é a mais complexa desse modelo já desenvolvida e produzida. O desenvolvimento desta versão específica foi liderado pelo Centro de Engenharia da Helibras e da Airbus Helicopters.
O H225M Naval, ou AH-15B, substituirá os antigos SH-3A “Sea King” desativados pela Marinha do Brasil em 2012, e que possuíam capacidade de combate anti-navio. Foram encomendadas cinco unidades AH-15B pela MB (futuros N-4101 à N-4105), que poderão carregar até dois mísseis AM-39 B2M2, com um alcance de 70 quilômetros.
Esse helicóptero representará um grande incremento na capacidade operacional da instituição, que poderá realizar as missões de SAR, CSAR, Controle de Área e Ataque ar Superfície, ganhando agilidade, força e capacidades técnica e operacional para defender as fronteiras, mares e povo brasileiros e atuar pela autonomia e soberania nacional. A aeronave possui sistemas embarcados no “estado da arte”, incluindo o EWS IDAS-3 (sistema de contramedida), a capacidade de atirar mísseis Exocet AM39 B2M2, o radar tático APS143 e o sistema de missão naval (N-TDMS), entre outros.
“É uma honra para a Helibras ver como o Programa H-XBR contribui para a capacitação da indústria aeronáutica brasileira e soberania na fabricação de helicópteros, tendo um papel importante no aperfeiçoamento da capacidade operativa das Forças Armadas Brasileiras”, acrescenta Jean-Luc Alfonsi, Presidente da Helibras.
O sistema permite a ampliação expressiva da força de combate da Marinha, além de viabilizar um grande salto tecnológico para o Brasil em sistemas de armamento e proteção e, portanto, o fortalecimento da Base Industrial de Defesa e Segurança do país.
Essa missão com o H225M também ressaltou a eficiência do míssil Exocet AM39 B2M2, da MBDA. “Temos uma parceria de mais de 40 anos com a Marinha do Brasil, com a presença do míssil antinavio Exocet no país, sistema inteligente e eficaz, que ganhou diversas versões e atualizações ao longo dos anos. Temos satisfação em poder contribuir para autonomia tecnológica do país e apoiar as Forças Armadas em sua missão de garantir a proteção da Amazônia Azul e a soberania do país”, destacou Patrick de La Revelière, Vice-presidente da MBDA para América Latina e Canadá.
O Exocet AM39 B2M2 é uma versão aerotransportada moderna da família de mísseis antinavio de longo alcance Exocet. O Sistema de Mísseis foi totalmente integrado ao Sistema de Missão Naval (N-TDMS), o qual foi especialmente desenvolvido para a Marinha do Brasil e integrado no H225M.
O sistema tático de missão da versão operacional naval, o N-TDMS (Naval Tactical Data Management System), é responsável por fazer o comando e controle de todos os sistemas embarcados, incluindo o sistema de armas. Por meio da compilação dos dados dos sensores e dos dados de voo, o N-TDMS é capaz de apresentar ao operador, em uma única tela, toda a situação tática em torno da aeronave, facilitando a tomada de decisão da tripulação. A Atech, empresa do Grupo Embraer participou ativamente deste desenvolvimento.
“Fazer parte deste projeto é razão de grande orgulho para a Atech, pois estamos ao lado de grandes parceiros, atuando para a soberania do nosso país. Tivemos participação ativa no desenvolvimento e concepção do sistema NTDMS. Para nós, é a consolidação de um trabalho, que mostra o nosso DNA em integração e desenvolvimento na busca constante pela autonomia tecnológica brasileira”, ressalta o diretor da Atech, Giacomo Staniscia.
O recebimento dessa aeronave, com alta capacidade e desenvolvimento tecnológico aumentará, sobremaneira, a capacidade operacional da Marinha do Brasil, proporcionando um meio aeronaval capaz de colaborar com o cumprimento de sua missão, como por exemplo a defesa e a vigilância de nossa Amazônia Azul.
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