

Gripens Ucranianos poderão ser produzidos no Brasil? O recente anúncio da intenção da Ucrânia de adquirir até 150 unidades do caça Saab Gripen E, poderá ter reflexos diretos no Brasil.
Durante sua visita à Suécia em 22/10, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky se encontrou com o primeiro-ministro Ulf Kristersson, em Linköping, onde está a sede da Saab, empresa que produz o caça Gripen e a aeronave AEW GlobalEye.
No encontro, a Suécia assinou uma carta de intenções que pode fornecer até 150 Gripen E para a Ucrânia, um contrato que poderá ser superior a US$ 10 bilhões. A carta de intenções visa delinear uma estrutura de cooperação de defesa de longo prazo.
O Brasil foi o primeiro cliente estrangeiro do Gripen E/F, tendo sido escolhido em dezembro de 2013. Além de primeiro cliente, também foi o primeiro país a colocar em serviço o novo caça de combate sueco. O projeto do Gripen para a FAB incluiu criar uma linha de montagem no Brasil.
A Linha de produção foi inaugurara em 9 de maio de 2023, uma parceria da Embraer com a Saab, em Gavião Peixoto, região de Araraquara, no interior de São Paulo–SP. Além da linha de montagem, a única fora da Suécia, o painel WAD, HUD e o capacete são feitos no Brasil, na AEL Sistemas em Porto Alegre–RS.
Para atender toda a produção de Gripens E, não só para a Suécia, Brasil, Tailândia e os futuros caças da Colômbia e Ucrânia, uma possibilidade é produzir parte das encomendas nas instalações de Gavião Peixoto. Se todas as opções foram exercidas, poderão chegar a algo em torno de 300 caças.
Ter parte da produção ou montagem no Brasil, seria algo importante não só para a economia do país, mas também para fomentar expertises e absorção de tecnologias, consolidando ainda mais o projeto. A produção “made in Brazil”, também poderá abrir novos mercados e, claro, criar link essencial na América do Sul de suprimento, logística e apoio ao cliente para a frota mundial de Gripen.
Se a produção para a Ucrânia será feita em Gavião Peixoto, o tempo nos dirá, mas o caminho está aberto e será muito importante para a rápida capacitação da Força Aérea da Ucrânia, já pensando numa era pós-conflito com a Rússia.
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