Grécia quer os Mirages 2000-9 dos Emirados. Segundo a mídia grega, a Hellenic Air Force (Força Aérea Grega) está perto de confirmar a aquisição de ao menos 36 caças Mirage 2000-9, que pertencem à United Arab Emirates Air Force UAEAF (Força Aérea dos Emirados Árabes Unidos) que serão vendidos, após o país árabe concluir a recente aquisição de 80 caças Dassault Rafale F4.
A França e o presidente Emmanuel Macron já teriam sinalizado positivamente à venda a Grécia, uma vez que é necessário o consentimento do fabricante francês para negociar armas francesas, mesmo que usadas a um terceiro país. A decisão de Atenas de adquirir 24 caças Rafale parece ter desempenhado um papel decisivo no “sim” francês. Isto tornou a Grécia a favorita para aquisição de até 36 Mirages dos 60 que serão desativados pela EAUAF. As relações entre a Grécia e os Emirados Árabes Unidos também são excelentes, com os dois países assinando um acordo de assistência mútua no campo militar em novembro de 2020. Também nos últimos meses, quando a tensão aumentou no Mediterrâneo Oriental devido às atividades dos turcos nas águas reivindicado por Atenas, Abu Dhabi havia enviado quatro F-16 para a base aérea de Creta, para treinamentos.
A intenção da HAF é substituir seus Mirage 2000 EG/BG mais antigos por aeronaves que ainda têm potencial operacional, e talvez -se tiver autorização, revender essas aeronaves para uma empresa francesa de serviços de defesa e segurança, possivelmente ARES, para atividades “Red Air” e treinamento dissimilar de combate aéreo.
Os registros mostram que a Força Aérea Grega tem atualmente 16 Mirage 2000EG, 2 Mirage 2000BG e 24 Mirage 2000-5/Mk II, enquanto a Força Aérea dos Emirados Árabes Unidos tem 44 Mirage 2000-9/EAD/RAD e 15 Mirage 2000-9DAD.
A decisão de vender o Mirage 2000-9 foi tomada pela Emirates quando em dezembro assinou um acordo com a Dassault para a compra de 80 Rafale F4 por € 14 bilhões. Com a entrega do primeiro Rafale programada para 2026, os Mirage 2000-9 seriam gradualmente desativados e postos no mercado. Se Atenas conseguir fechar o acordo, poderá pressionar os EAU a entregar ao menos parte dos Mirages, a fim de aumentar imediatamente sua frota, para defender o Egeu ao lado com futuros 24 Rafales e 85 F-16 atualizados.
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