Governo Trump solicitará orçamento de defesa de US$ 1 trilhão
Governo Trump solicitará orçamento de defesa de US$ 1 trilhão. O governo Trump solicitará um orçamento de defesa de US$ 1 trilhão no ano fiscal de 2026.
Mas só atingirá esses níveis recordes ao incluir mais de dois terços dos US$ 150 bilhões em fundos extras de defesa, contidos em um megaprojeto de lei de reconciliação republicana atualmente em tramitação no Congresso.
A Casa Branca buscará US$ 1,01 trilhão em gastos totais com defesa nacional para o ano fiscal de 2026, anunciou na manhã de sexta-feira ao divulgar seu “orçamento reduzido”, um documento que fornece as linhas principais para diferentes cargos governamentais, mas contém poucos detalhes.
O pedido aumentaria o financiamento da defesa em 13% em comparação ao ano fiscal de 2025 por meio de fundos discricionários e também de “US$ 113 bilhões em financiamento obrigatório” — uma referência aos fundos de defesa incluídos no projeto de lei de reconciliação liderado pelo Partido Republicano.
Considerando somente os gastos discricionários, o pedido do governo Trump equivaleria a uma solicitação de cerca de US$ 893 bilhões para a defesa — aproximadamente o mesmo nível do ano fiscal atual e em linha com as projeções de gastos da era Biden. Mas, embora os fundos de reconciliação possam ser gastos ao longo de um período de quatro anos, parece que o governo planeja usar a maioria no ano fiscal de 2026.
Alguns defensores republicanos da defesa no Congresso já estão expressando decepção com o plano, com o presidente do Comitê de Serviços Armados do Senado, Roger Wicker, afirmando categoricamente que o governo “não está solicitando um orçamento de um trilhão de dólares. Está solicitando um orçamento de US$ 892,6 bilhões. O presidente Trump fez campanha com sucesso com uma agenda de Paz por Meio da Força, mas seus assessores no Escritório de Administração e Orçamento aparentemente não estavam ouvindo”.
A presidente de dotações do Senado, Susan Collins, republicana do Maine, disse em um comunicado que tem “sérias objeções ao congelamento proposto em nosso financiamento de defesa, dados os desafios de segurança que enfrentamos”.
O que há no “orçamento limitado”? A Casa Branca disse que o orçamento do ano fiscal de 26 priorizaria investimentos para “fortalecer a segurança, a proteção e a soberania da pátria; impedir a agressão chinesa no Indo-Pacífico; e revitalizar a base industrial de defesa dos Estados Unidos”.
Especificamente, isso incluiria um pagamento inicial para o escudo antimísseis Golden Dome, investimentos em estaleiros dos EUA e na base industrial de construção naval para aumentar salários e modernizar a infraestrutura, financiar o caça de sexta geração F-47 da Força Aérea e dar suporte aos requisitos para sistemas espaciais e modernização nuclear, disse a Casa Branca.
A divulgação do orçamento do ano fiscal de 2026 começa com os republicanos no Capitólio elaborando um pacote de cortes e aumentos de gastos apoiados por Trump, que pretendem aprovar usando um processo chamado reconciliação, que permite ao Partido Republicano contornar uma obstrução democrata, apesar de ter somente uma maioria mínima na Câmara e no Senado.
No início desta semana, as comissões de serviços armados da Câmara e do Senado revelaram o projeto de lei de reconciliação de defesa de US$ 150 bilhões, que incluía grandes aumentos nos gastos com prioridades como construção naval, munições e o escudo antimísseis Golden Dome, a serem distribuídos durante o mandato do presidente Donald Trump. O HASC aprovou o projeto na terça-feira, enviando-o à Comissão de Orçamento da Câmara para ser combinado com a legislação de reconciliação de outras comissões.
No mês passado, o presidente Donald Trump anunciou que o orçamento do ano fiscal de 2026 seria o primeiro a atingir a marca de um trilhão de dólares. “Nós também aprovamos essencialmente um orçamento, que está nas proximidades, você vai gostar de ouvir isso, de um trilhão de dólares”, disse Trump durante um encontro com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.
“US$ 1 trilhão, e ninguém viu nada parecido. Temos que construir nossas Forças Armadas, e somos muito conscientes dos custos, mas as Forças Armadas são algo que precisamos construir, e precisamos ser fortes, porque temos muitas forças malignas por aí agora”, disse ele. “Então, vamos aprovar um orçamento, e tenho orgulho de dizer, na verdade, o maior que já fizemos para as Forças Armadas.”
Coincidindo com o anúncio do orçamento, o Secretário de Defesa Pete Hegseth deu início ao desenvolvimento da Estratégia de Defesa Nacional. Um documento fundamental para direcionar as missões e objetivos do Pentágono, o NDS será liderado pela Subsecretária de Defesa para Políticas, Elbridge Colby, que participou do desenvolvimento do primeiro NDS durante o primeiro mandato de Trump.
“O NDS é o documento mais importante para garantir que o Departamento esteja operando conforme as intenções do Presidente e minhas”, escreveu Hegseth em um memorando distribuído pelo Pentágono. “Para impulsionar rapidamente a mudança em direção a uma estratégia de defesa que priorize a América em Primeiro Lugar, determinei que uma versão final do NDS me seja fornecida até 31 de agosto de 2025”.
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