Governo gaúcho quer comprar jato executivo e oposição critica a medida. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, quer comprar um jato executivo para missões de deslocamento de autoridades, transporte de órgãos para transplante, movimentação de policiais, entre outras. O negócio está sendo criticado pela oposição, especialmente após os enormes danos causados pela enchente no Estado em 2024.
O assunto vem sendo discutido nos últimos meses e envolve representantes da Brigada Militar, da Defesa Civil e da Secretaria Estadual da Saúde, que estão delineando o modelo da aeronave que melhor atenderá as necessidades do estado.
Operado pelo Batalhão de Aviação da Brigada Militar, o futuro jato poderá atender missões que exigem deslocamentos rápidos e de longa distância, como transporte der órgãos para transplante, remoção de pacientes de emergência, deslocamentos de autoridades, ajuda humanitária, suporte à segurança pública, entre outras.
A ideia do governo é gastar até R$ 200 milhões do Fundo de Reconstrução do Estado neste negócio. Um dos modelos avaliados pela equipe do governador Leite é o jato de fabricação nacional Embraer Phenom 300, cujo valor pode chegar a R$ 90 milhões com o pacote de manutenção.
Críticas da oposição
A oposição está reagindo à decisão de Leite, principalmente pela situação econômica e social do Rio Grande do Sul, que ainda sofre com o prejuízo das enchentes de 2024. O deputado estadual Felipe Camozzato (Novo) classificou a ideia de “luxo injustificável”.
“Comprar um avião faz todo o sentido… se for pra chegar mais rápido nas entrevistas e reuniões de pré-campanha. Infelizmente, parece que toda a crise no Rio Grande do Sul se transforma numa oportunidade de gastar mais”, disse Camozzato.
O ex-ministro e pré-candidato ao governo do RS, Onyx Lorenzoni, reforça a crítica, lembrando que Leite não quis zerar o impostos sobre a cesta básica, porque não queria perder a arrecadação de R$ 1 bilhão por ano.
“Enquanto o estado enfrenta a saúde no sufoco, a infraestrutura pedindo socorro e as obras de reconstrução após enchente a passo de tartaruga, Eduardo Leite vem desfilar com essa ideia. Dizem que é para transporte de órgãos, mas o Phenom não pousa em aeródromo simples”, afirma.
Frota do Grupamento Aéreo da Brigada Militar
Atualmente, o Batalhão de Aviação da Brigada Militar (BAvBM) presta suporte de deslocamento aéreo ao gabinete do governador e das autoridades do Estado, além de operações de segurança pública e missões humanitárias. Para isso, dispõem de quatro aeronaves de asas fixas e cinco helicópteros. Um novo helicóptero está em processo de aquisição para o Batalhão (saiba mais aqui).
Frota do BAvBM:
> Cessna 208B EX (PS-ERS #GUAPO 25) monomotor para deslocamentos regionais;
> Beechcraft B200 King Air (PP-ERG #GUAPO 19), bimotor para deslocamentos maiores;
> Piper 23 Aztec (PP-FRS #08), bimotor para treinamento e deslocamentos curtos;
> Embraer 710C Carioca (PT-NDW #10), monomotor para treinamento e suporte logístico;
> Leonardo AW119 (PR-SES #23), helicóptero utilitário;
> Leonardo AW119 (PR-POS #24), helicóptero utilitário;
> HB-350B Esquilo (PP-EHY #09), helicóptero utilitário;
> HB-350B Esquilo (PP-EHZ #12), helicóptero utilitário;
> Schweizer 269C (PR-AVI #21), helicóptero de treinamento;
@FFO