Governo da Noruega autoriza venda direta de armas à Ucrânia. O início de 2024 marca uma mudança política significativa para o governo da Noruega, que autorizou a venda direita de armas e produtos relacionados à defesa de fabricantes noruegueses às autoridades de defesa da Ucrânia.
A partir da data do anúncio oficial (1/01/2024) a Noruega, que já integra a Coalizão 11 países da OTAN que vão fornecer os F-16 a Força Aérea Ucraniana — aprofundará o seu envolvimento no apoio a defesa da Ucrânia contra a invasão russa em iniciada em 24 em fevereiro de 2022.
“Devemos planejar a possibilidade de que a guerra ilegal de agressão possa se prolongar por mais tempo”, disse o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Espen Eide. O compromisso da Noruega com o apoio militar à Ucrânia, que totalizou aproximadamente Nkr 11 bilhões (US$ 1,21 bilhão) em 2023, continuará.
Respondendo inicialmente com doações de armas e produtos relacionados com a defesa, o governo da Noruega está agora a expandir o seu apoio em vendas diretas. Eide enfatizou a importância de apoiar a Ucrânia na atual situação de segurança, intimamente ligada à segurança norueguesa e europeia. Este passo, segundo Eide, é uma resposta ao potencial prolongamento do conflito.
O Ministro da Defesa, Bjørn Gram, destacou que esta mudança de política está alinhada com os interesses fundamentais da política de defesa e segurança da Noruega e com o papel da indústria de defesa no contexto atual da política de segurança. “Esta mudança significa que salvaguardamos os interesses fundamentais da política de defesa e segurança da Noruega, juntamente com os nossos aliados”, disse Gram.
O processo de vendas diretas envolve empresas norueguesas que solicitam ao Ministério dos Negócios Estrangeiros uma licença de exportação. Os critérios de avaliação incluem vendas exclusivamente às autoridades ucranianas, documentação relativa à utilização final e ao utilizador final, rotas de transporte seguras e conformidade com os regulamentos de controlo de exportação noruegueses e com o direito internacional, incluindo o Tratado sobre o Comércio de Armas da ONU.
A atual decisão de permitir vendas diretas à Ucrânia é específica da situação de segurança única e não indica uma mudança mais ampla na posição da Noruega em relação às vendas de armas a países em conflito e, como tal, a política de exportação de armas da Noruega permanece praticamente inalterada.
Entre os itens que devem ser vendidos diretamente aos ucranianos está o NASAMS (National/Norwegian Advanced Surface to Air Missile System). É um sistema de defesa antiaérea baseado em terra de curto a médio alcance desenvolvido pela norueguesa Kongsberg Defense & Aerospace (KDA) e a americana Raytheon. O sistema emprega mísseis AIM-120 AMRAAM (Advanced Medium Range Air-to-Air Missile) contra veículos aéreos não tripulados (UAV), helicópteros, mísseis de cruzeiro, veículos aéreos de combate não tripulados (UCAV) e outros tipos de aeronaves em geral.
@CAS