Governo colombiano reavalia decisão de comprar novos caças. O ministro da Defesa colombiano, Iván Velásquez, afirmou recentemente que o governo está avaliando a aquisição de novas aeronaves para a Força Aérea Colombiana (FAC), contrariando o que afirmou o presidente Gustavo Petro durante toda sua campanha eleitoral. O motivo da mudança seria o reconhecimento de que parte da frota está chegando ao final da vida útil, o que poderá afetar a capacidade de defesa aérea e soberania do país.
“É uma questão que está sendo avaliada, especialmente sobre a vida útil de alguns equipamentos que está próxima do fim. O que temos que garantir é a não redução da capacidade que as Força Públicas tem no momento. É um processo que estamos justamente avaliando, e não só particularmente os jatos Kfir”, afirmou o ministro.
Isso abre a possibilidade de que o novo governo, que chegou ao poder com um discurso antimilitarista, possa adquirir pelo menos uma frota de aeronaves de superioridade aérea para a Força Aérea Colombiana (FAC). Da mesma forma, o Ministério da Defesa Nacional também está preocupado com a substituição das aeronaves de ataque leve A-37 Dragonfly, cuja substituição foi declarada prioridade máxima pela FAC.
A substituição dos caças de superioridade aérea IAI Kfir não é assunto novo. Assim como fez com os últimos dois presidentes, o Comando da FAC já entregou ao atual governo federal os estudos detalhados sobre as características do novo vetor que poderá substituir sua envelhecia frota de caças. Apesar de ser um assunto tratado como prioridade máxima, nenhuma ação foi tomada ainda, principalmente por conta dos altos custos envolvidos.
Atualmente a primeira linha da defesa aérea colombiana está galgada em aviões de combate Kfir C10, cuja vida útil terminaria no ano que vem. A FAC adquiriu a versão C7 em 1989, e em 2010, após um processo de modernização, essas aeronaves foram atualizadas para a versão COA/COD.
Nos últimos anos, as capacidades de combate aéreo dos Kfir foram aprimoradas, com a incorporação de modernos radares de varredura eletrônica ativa Elta Systems EL/M 2052, capacetes JHMCS e mísseis de longo alcance I-Derby ER. Mas, apesar desses sistemas modernos e das armas avançadas, a idade das células cobra seu preço, e está sendo cada vez mais difícil mantê-los devido à escassez de peças de reposição e a confiabilidade dos seus motores.
Para substituir a frota de 22 caças Kfir, a Força Aérea Colombiana selecionou basicamente três modelos: Eurofighter Typhoon, SAAB JAS-39 Gripen E/F e o Lockheed Martin F-16V Block 70. Além desses, a França ofereceu um lote de Dassault Rafale. Estima-se que o governo colombiano deverá comprar uma frota de 24 novos caças.
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