Futuro incerto para os Mil Mi-171E da Força Aérea Argentina. A invasão da Rússia ao território ucraniano está afetando as operações dos dois helicópteros Mil Mi-171E da Força Aérea Argentina (FAA). Essas aeronaves estão com inspeções de grande porte vencidas, e a realização dos serviços por empresas russas estão sendo afetados pelas sanções impostas à Moscou.
Os dois Mi-171E da FAA, matrículas H-94 e H-95, foram adquiridos em 2011 via agência estatal russa Rosoboronexport, e substituíram os helicópteros norte-americanos Boeing CH-47 Chinook, usados no transporte militar pesado, apoio antártico e busca e salvamento (SAR).
Conforme noticiamos em agosto de 2020, a Embaixada Argentina em Moscou havia fechado um acordo para a realização de uma revisão programada de grande porte, a ser realizada possivelmente na Rússia. Naquela época, os dois helicópteros já haviam atingido o limite de 2.000 horas de operação (ciclos).
Com acompanhamento de técnicos russos, a primeira aeronave foi desmontada na Área de Materiais de Quilmes da FAA, com alguns componentes, como o motor, enviados para a Rússia, mas todo o cronograma foi atrasado devido a pandemia do COVID-19.
Agora o processo está trancado com as sanções que estão sendo impostas à Rússia. De acordo com fontes da FAA ouvidas pelo Infodefensa, o governo argentino está com US$ 5 milhões depositados em um banco francês destinado ao pagamento dos serviços, mas a transferência bancária para a Rússia está impossibilitada.
Operados pelo III Escuadrón do Grupo Aéreo 7 da VII Brigada Aérea, os Mil Mi-171E são os únicos helicópteros de transporte pesado da FAA. Eles se mostraram ser de grande importância para o Grupo Aéreo Antártico (GAA), tendo participado de várias missões de suporte logístico às bases argentinas no continente branco.
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