França pode abrir uma nova linha de montagem de caças Rafale na Índia. Conforme relatado pela L’Usine Nouvelle em 5 de março de 2025, a empresa francesa Dassault Aviation está avaliando a possibilidade de estabelecer uma linha de montagem final do caça Rafale na Índia.
O objetivo é gerenciar o aumento da demanda de produção, após grandes pedidos feitos nos últimos anos. O CEO Éric Trappier declarou:
“A Índia está preparando grandes pedidos e certamente poderíamos abrir uma linha de montagem final naquele país para poder absorver essa nova carga de trabalho”.
A Dassault está em processo de aumentar sua taxa de produção do Rafale, especialmente devido à aquisição esperada pela Índia de caças Rafale-M adicionais. A empresa passou de entregar duas aeronaves por mês para três e pretende chegar a quatro, com potencial para cinco, dependendo de pedidos futuros.
Em 2023, 13 Rafale foram entregues, aumentando para 21 em 2024, com uma meta de 25 para 2025. A carta de pedidos da Dassault inclui 230 Rafale, compreendendo 164 para clientes de exportação e 56 para a Força Aérea e Espacial Francesa. Em 2024, a empresa garantiu € 8,3 bilhões em contratos militares, em comparação com € 6,5 bilhões em 2023. Esses contratos incluem pedidos de 12 aeronaves da Sérvia e 18 da Indonésia. O backlog total de aeronaves militares da Dassault, incluindo Rafale e jatos Falcon, atingiu € 43,2 bilhões, ante € 38,5 bilhões em 2023.
Apesar dos esforços para aumentar a produção, a Dassault está enfrentando limitações na cadeia de suprimentos, com certos subcontratados enfrentando atrasos após a pandemia. A empresa abriu uma nova instalação em Cergy-Pontoise para dar suporte a uma produção maior e está considerando uma expansão adicional da infraestrutura.
A Índia recebeu 36 Rafale em 2016, com entregas concluídas em 2022. A Força Aérea Indiana (IAF) está considerando novos pedidos, enquanto a Marinha Indiana está finalizando a aquisição de 26 aeronaves Rafale Marine para operações do porta-aviões INS Vikrant.
O potencial estabelecimento de uma linha de montagem final indiana seria consistente com a política “Make in India” do país, que visa expandir a fabricação de defesa doméstica e reduzir a dependência de fornecedores estrangeiros.
@CAS