Forças Armadas: tropas avançam em TIY. No contexto da Operação Ágata Fronteira Norte, as Forças Armadas iniciaram, na semana passada, a mobilização de militares da Marinha do Brasil (MB) e do Exército Brasileiro (EB), por meio de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), para a execução de ações preventivas e repressivas no combate à prática de mineração ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY).
Os helicópteros da FAB transportaram as tropas armadas para locais estratégicos situados na faixa de fronteira dentro da TIY. Um dos objetivos é intensificar a presença do Estado, auxiliando os agentes da Polícia Federal (PF) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA) na inutilização dos acampamentos que ainda possam ser usados como ba se de apoio ao garimpo ilegal na maior reserva indígena do país.
O General de Exército Costa Neves, Comandante da Operação Ágata Fronteira Norte, falou sobre a nova fase que foi iniciada: “Nós aumentamos significativamente o efetivo que temos aqui, de forma que tenhamos poder de combate e a capacidade de nos fazermos presentes na Terra Indígena, garantindo a estabilidade na região e combatendo os delitos e os crimes ambientais”.
As Operações Ágata
A primeira Operação Ágata foi uma ação conjunta entre as Forças Armadas brasileiras e os órgãos de segurança e fiscalização para intensificar o combate a crimes transfronteiriços, nas regiões limítrofes com Argentina, Paraguai e Bolívia, em 2011. A partir de então, a Operação Ágata tornou-se periódica, com a realização de operações subsequentes que ampliaram o escopo e a abrangência das ações, envolvendo cada vez mais recursos e parceiros, incluindo órgãos de segurança e fiscalização do Brasil e de outros países da América do Sul.
Desde a sua primeira edição, a Operação Ágata tem desempenhado um papel importante no fortalecimento da segurança nas fronteiras do Brasil e no combate ao crime organizado transnacional. Atualmente, a Operação Ágata Fronteira Norte tem como um dos principais objetivos estabilizar a faixa de fronteira na TIY a fim de permitir que os órgãos e agências tenham liberdade para executar suas ações.
Transição
Além do caráter coercitivo, a Operação Ágata Fronteira Norte dará continuidade às ações humanitárias, iniciadas na Operação Yanomami, para o enfrentamento da crise de saúde pública que afetou a população indídega em Roraima. Juntas, as duas Operações já distribuíram mais de 500 toneladas de mantimentos, correspondente a cerca de 23.200 cestas básicas e realizaram mais de 2.100 atendimentos médicos por meio do Hospital de Campanha (HCAMP) da FAB e de ações de evacuação aeromédicas.
Fonte: FAB
@FFO