Forças Aéreas do Japão e da Índia realizam inédita operação conjunta. As Forças Aéreas do Japão e da Índia iniciaram na segunda-feira (16/01) o seu primeiro exercício conjunto na sua história. O Veer Guardian 2023 (VG 23) ocorrerá até o dia 26 de janeiro nas bases aéreas japonesas de Hyakuri e Iruma, província de Ibaraki.
A Força Aérea Indiana (IAF) enviou para o Japão quatro caças multimissão Su-30MKI do 220 Squadron “Desert Tigers” , com suporte de dois aviões de transporte C-17 Globemaster III, um avião-tanque Il-78 e cerca de 150 militares. A Força Aérea de Autodefesa do Japão (JASDF), por sua vez, utilizará seus caças Mitsubishi F-2A/B e F-15J/DJ Eagles, incluindo o Esquadrão Agressor ” Hiko Kyodogun”, entre outras aeronaves.
O VG 23 é reflexo de uma antiga ambição dos dois países em estreitar suas relações de defesa. O treinamento conjunto chega num momento de crescentes tensões entre a China, Taiwan e Estados Unidos e, consequentemente, o Japão.
Observadores chineses disseram ao Global Times, que o Japão e a Índia estão sendo “atraídos pelos EUA” para se unirem à sua estratégia Indo-Pacífico, especialmente para conter o poder militar da China, e seu ímpeto contra Taiwan. Do ponto de vista estratégico, em caso de um eventual conflito, é provável que nenhum dos países desejam entrar em combate, mas “a China deve ficar alerta e se preparar para qualquer eventualidade. que podem surgir”, disseram analistas.
Os militares da Força Aérea de Autodefesa do Japão podem “tirar lições da extensa experiência operacional com seus colegas indianos em relação à China”, especialmente no que diz respeito às operações com os caças Su-30MKI na fronteira chinesa, disse do um analista de defesa baseado na Índia.
O Exército Popular de Libertação da China (PLA) opera o Su-30MKK, o Su-30MK2, o Su-35, o J-11, o J-15 e o J-16, todos caças derivados do russo Su-27, assim como o Su-30MKI da Índia, pois compartilham algumas características básicas. No entanto, especialistas apontaram que jato indiano é configurado para as necessidades da IAF, enquanto os caças chineses usam muita tecnologia embarcada produzida localmente.
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