Forças Aéreas da China e EAU realizarão o primeiro exercício conjunto. A Força Aérea do Exército Popular da China (PLAAF) e a Força Aérea dos Emirados árabes Unidos (UEAF) realizarão um inédito exercício conjunto, com o objetivo de ampliar a parceria e intercâmbio militar. Conforme o comunicado do Ministério de Defesa da China, o Exercício Falcon Shield 2023 ocorrerá neste mês de agosto, na Região Autônoma Uigur de Xinjiang, no noroeste da China.
“É a primeira vez que a China e os Emirados Árabes Unidos realizarão um exercício conjunto da força aérea, e o movimento visa aprofundar o intercâmbio prático e a cooperação entre as forças armadas dos dois países e aumentar o entendimento e a confiança mútua”, disse o Ministério da Defesa chinês.
O Falcon Shield 2023 é mais um passo na consolidação de um acordo de cooperação militar assinado entre os dois países no início deste ano. Em fevereiro, a China já havia anunciado a venda do primeiro lote de 15 jatos de treinamento avançado Hongdu L-15 Falcon para os Emirados Árabes Unidos.
“O exercício conjunto é um desenvolvimento natural depois que os Emirados Árabes Unidos adquiriram aeronaves militares chinesas no início deste ano, marcando o aprofundamento das relações entre os militares dos dois países. É um bom começo para aprimorar os intercâmbios militares e a cooperação com países do Oriente Médio”, disse Fu Qianshao, especialista chinês em aviação militar, em entrevista ao Global Times na segunda-feira (07).
O supersônico L-15 Falcon é um treinador avançado destinado para pilotos de caças de quarta e quinta geração, que também pode realizar missões de combate aéreo e ataque terrestre. A designação “L-15” é utilizada para a versão de exportação do Hongdu JL-10, em operação na PLAAF.
De acordo com o Global Times, em dezembro de 2021, os Emirados Árabes Unidos suspenderam um acordo para comprar caças F-35 e drones dos EUA devido às restrições impostas para as aquisições de tecnologias chinesas pelo país árabe.
“A China não planeja preencher o chamado vácuo de poder deixado pelos EUA no Oriente Médio, mas está aprimorando a cooperação com os países da região, respeitando seu desenvolvimento independente e ajudando a salvaguardar a paz e a estabilidade regional”, disse Fu.
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