Força Espacial dos EUA assina contrato com a SpaceX. A Força Espacial dos Estados Unidos (USSF) está reforçando a sua rede de satélites através de um contrato assinado com a empresa espacial SpaceX. Com o valor de US$ 70 milhões, o acordo envolve o fornecimento de serviços globais da rede Starshield para usuários militares e do governo, situados em plataformas terrestres e marítimas, fixas ou móveis.
Com início em 1º de setembro e validade até 30 de setembro de 2024, com opção de prorrogação de um ano, o contrato faz parte do esforço contínuo da USSF para alavancar o envolvimento do setor privado nas operações espaciais.
“A Força Espacial está se afastando de processos de aquisição longos e migrando para capacidades mais comerciais em diferentes áreas de missão”, disse um oficial do Comando de Sistemas Espaciais à Air & Space Forces Magazine.
A rede Starshield da SpaceX é um equivalente governamental da sua rede comercial Starlink. Ela é composta por satélites de órbita baixa terrestre (LEO), e fornece vários recursos específicos para atividades sensíveis como alta velocidade sem limitação de banda e reconhecimento de domínio espacial.
Embora a rede Starshield utilize a constelação de satélites da Starlink, ela se difere do serviço comercial devido aos termos e condições exclusivos para o Departamento de Defesa (DOD), com o objetivo de apoiar os esforços de segurança nacional do governo americano.
Embora o contrato da SpaceX com a USSF seja o primeiro desse tipo, a empresa tem um histórico de parceria com agências militares e governamentais dos EUA, que vão desde a construção e lançamentos de satélites militares para a Agência de Desenvolvimento Espacial e atividades colaborativas com a NASA.
De acordo com a reportagem da Air & Space Forces Magazine, o envolvimento da SpaceX em atividades de defesa gerou polêmicas. A biografia recentemente divulgada de Elon Musk, CEO da SpaceX, escrita por Walter Isaacson, alegou que Musk se recusou a permitir que o governo ucraniano usasse a rede Starlink para coordenar um ataque a navios de guerra russos, enfatizando a natureza civil da rede.
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