Força Aérea Equatoriana identificou 139 pistas clandestinas utilizadas pelo narcotráfico. O Comando Operacional No. 5 da Força Aérea Equatoriana (FAE) detectou em recentes operações de vigilância, cerca de 139 áreas utilizadas para operações de aeronaves em voo ilícitos, especialmente para o narcotráfico. Nas operações foram apreendidos três pequenos aviões e mais de 500 quilos de cocaína.
A província de Guayas, onde estão localizadas as cidades de Guayaquil, Durán e Samborondón, é a área em que mais pistas e áreas que seriam utilizadas para atividades ilícitas. Em Guayas, foram identificadas 18 pistas e 27 áreas para decolagem e pouso clandestino de aeronaves. As operações foram realizadas em toda a costa equatoriana, desde Esmeraldas, no norte do país, até El Oro, no sul.
O Equador está localizado em um dos principais países para o tráfico de cocaína da América do Sul para diferentes destinos no mundo. Além disso, é o terceiro país do mundo com mais cocaína apreendida. É o que revela o último relatório do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas (Unodc), que detalha e analisa o comportamento global do mercado de tráfico de drogas.
Entre 2016 e 2020, o maior comércio de cocaína foi por “rotas conhecidas”, com carregamentos passando pela Colômbia, costa do Pacífico, chegando à América Central ou México, antes de atingirem os Estados Unidos. Os embarques também eram feitos de portos marítimos para enviar as drogas para a Europa ou África Ocidental. O porto marítimo de Guayaquil é considerado o ” hub logístico ” para o transporte de drogas do Equador para a América do Norte, América Central e Europa. De acordo com o relatório, os fluxos de tráfego também vão da região andina para outros mercados locais na América do Sul, em particular Brasil e Argentina.
Os Estados Unidos estimam que a maior parte da cocaína apreendida naquele país vem da Colômbia, país que faz divisa com o Equador. O relatório mostra que o Equador não é apenas um país de trânsito, mas também funciona como um centro de distribuição e exportação de drogas. Durante 2020, o país com mais remessas de cocaína em todo o mundo foi a Colômbia, seguida pelo Brasil. Os países sul-americanos que servem como escoadouros para os carregamentos de cocaína destinados à Europa foram Brasil, Colômbia e Equador.
O relatório alerta para o crescente tráfico de cocaína no mar. Dados do Unodc indicam que entre 2015 e 2018 o tráfego marítimo aumentou 84%, mas em 2021 aumentou para 89%. Quanto ao tráfego aéreo, as aeronaves aumentaram “notadamente na América Latina para superar as medidas de restrição da Covid-19”, indica o estudo.
Fonte: Infobae
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