Em 12 de janeiro, a Força Aérea do Mali (MAF) recebeu os dois últimos helicópteros de ataque russos Mi-35M. As aeronaves fazem parte de pacote de quatro unidades adquiridos em 2016, com os dois primeiros (TZ-13H e TZ-14H), entregues em 03 outubro de 2017.
Os helicópteros foram recebidos na na Base Aérea 101, adjacente ao Aeroporto Internacional de Bamako-Sénou, em cerimônia oficial com a presença do Vice-Presidente do País, do Ministro da Defesa, Adido de Defesa Russo, entre outras autoridades. Apenas uma imagem foi divulgada nas redes sociais, onde é possível identificar o Mi-35M matricula TZ-12HA.
O Governo do Mali comprou esses helicópteros de ataque durante a Feira Aeroespacial e de Defesa da África 2016, realizada na África do Sul. Durante o evento, Yury Demchenko, Chefe da Delegação da Rosoboronexport, divulgou publicamente a venda de aeronaves de transporte Mi-8/17 e de ataque Mi-24/35 para quatro países africanos, Angola, Nigéria, Sudão e para o Mali.
Os modernos Mi-35M estão equipados com aviônicos com telas multifuncionais (MFD), motores mais potentes Klimov VK-2500, novas pás do rotor principal de fibra de vidro, cabeça do rotor principal com juntas de elastômeros (polímero com propriedades elásticas), além do rotor de cauda tipo X. Podem transportar até oito pessoas ou 1.500 kg de carga na sua cabine principal, e até 2.400 kg em carga externa. Possuem pequenas aletas externas com cabides para a instalação de armamentos e tanques de combustível extra. O sistema de mira do helicóptero possui uma câmera térmica de alta definição, acoplada a um sistema designador de alvos por laser.
De acordo com a Russian Helicopters, o Mi-35M pode receber armamentos como mísseis antitanque Ataka-V ou Shturm-V, mísseis ar-ar Igla-V, foguetes de 80 ou 122 mm e um canhão duplo GSh-231 de 23 mm. O conjunto de autoproteção do helicóptero inclui um receptor de alerta de radar, dispensador de chaff e flare, bloqueador de infravermelho e supressor de exaustão do motor.
Os novos Mi-35M irão se unir aos esforços das forças armadas do Mali em operações de combate ao terrorismo e contra-insurgência. Há quase uma década, o país enfrenta uma crise política, quando os rebeldes tuaregues tomaram o norte e avançaram em direção à capital, Bamako.
Todas as aeronaves das seis esquadrilhas operacionais da MAF (Caça, Transporte, Helicópteros, Treinamento, Aviação Ligeira e Presidencial), tem como sede operacional a Base Aérea 101, na capital Bamako. Nos últimos três anos, a Força Aérea do Mali recebeu novas aeronaves, entre elas quatro Embraer EMB-314 Super Tucano, dois helicópteros Mi-35M (agora quatro), um Airbus C-295W, dois Harbin Y-12E e um C-208ISR Caravan para missões de inteligência, vigilância e reconhecimento.
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