

Fogo amigo russo teria derrubado seu próprio Su-30 na Crimeia. Autoridades de defesa ucranianas informaram que as defesas aéreas russas abateram uma das suas próprias aeronaves de combate sobre a Crimeia durante uma tentativa de interceptação de drones. A informação foi divulgada ontem (17), pelo porta-voz da Marinha Ucraniana, Dmytro Pletenchuk.
“Eles estavam tão ativamente tentando repelir os ataques dos drones ucranianos que acabaram derrubando sua própria aeronave hoje sobre a Crimeia”, disse Pletenchuk. “A luta continua. No momento, eles estão reunindo todas as informações disponíveis em terra na Crimeia”, acrescentou.
A Marinha Ucraniana não especificou o tipo de aeronave russa abatida, nem o destino dos tripulantes. Posteriormente foi informado que seria “um Su-30SM que havia decolado do campo de aviação de Tikhoretsk e que por volta das 03h00 foi abatido por fogo amigo durante uma missão de defesa aérea”.
O incidente teria ocorrido durante uma intensa atividade da defesa aérea russa no no distrito de Simferopol, na Crimeia, em meio a uma onda contínua de ataques de drones e mísseis lançado pelos ucranianos contra alvos da infraestrutura militar em toda a península.
Segundo fontes ucranianas, um depósito de petróleo russo em Hvardiiske pegou fogo após um dos ataques. Imagens de satélite e monitoramento de código aberto do local ainda não confirmaram a extensão dos danos, e as autoridades russas não comentaram a causa do incêndio.
Em um comunicado citado pelo veículo de comunicação ucraniano Militarnyi, diversas subestações elétricas na Crimeia foram danificadas, causando cortes generalizados de energia em diversas regiões.
Embora Kiev não tenha oficialmente assumido a responsabilidade pelos ataques, autoridades ucranianas já confirmaram o uso de drones e mísseis de longo alcance para atingir a logística militar, depósitos de combustível e sistemas de defesa aérea na península.
O Ministério da Defesa russo não emitiu nenhum comunicado formal sobre a alegação de queda da aeronave ou danos à sua infraestrutura na Crimeia. Em incidentes anteriores envolvendo fogo amigo ou perdas acidentais, os veículos de comunicação estatais russos não emitiram comunicados sobre o assunto.
Os ataques mais recentes ocorrem em meio a esforços mais amplos da Ucrânia para colocar pressão sobre as operações logísticas e militares russas na Crimeia — território anexado pela Rússia em 2014 e agora alvo frequente de operações ucranianas de longo alcance. A península continua sendo um centro crítico para as forças russas que abastecem as operações no sul da Ucrânia.
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