Finalmente sucesso no lançamento do míssil hipersônico AGM-183A dos EUA. Após três tentativas frustradas, finalmente a USAF anunciou que obteve sucesso no lançamento de um protótipo do míssil hipersônico AGM-183A ARRW (Air-Launched Rapid Response Weapon). O teste foi realizado em 14 de maio, sobre o Oceano Pacífico, na costa do sul da Califórnia.
O lançamento foi realizado de um B-52H Stratofortress do 419th Flight Test Squadron (419th FTS), acompanhado por uma equipe da Global Power Bomber Combined Test Force (GPB CTF), ambos sediados na Base Aérea de Edwards, Califórnia. De acordo com o comunicado da USAF, logo após a separação da aeronave lançadora, ocorreu a ignição do motor do ARRW, que acelerou para velocidade hipersônica, alcançando Mach 5 (cinco vezes a velocidade do som).
“Esta foi uma grande conquista da equipe ARRW e para a nossa Força Aérea. A tenacidade, a experiência e o compromisso da equipe foram fundamentais para superar os desafios do ano passado e nos levar ao sucesso recente. Estamos prontos para desenvolver o que aprendemos e continuar avançando com os hipersônicos”, disse o Brig. Gen. Heath Collins, Oficial Executivo do Programa de Armas da USAF.
Com dois estágios de propulsão, inicialmente o foguete acelera o AGM-183A para uma velocidade e atitude ideais, e no segundo estágio o motor hipersônico é acionado, levando o míssil para velocidade de pelo menos cinco vezes a velocidade do som.
O míssil hipersônico é uma arma que será utilizada contra alvos de alto valor, em ambientes hostis com riscos operacionais, sendo projetado também como uma arma de resposta rápida para casos de conflito.
No ano passado foram realizados três testes que falharam, sendo que em dois deles, sequer ocorreu a separação do ARRW da aeronave lançadora, enquanto em outro não ocorreu a ignição do motor hipersônico.
Apesar do sucesso deste teste, o caminho do AGM-183 ARRW até ser considerado operacional ainda é longo e sem um prazo para entrar em serviço. A USAF aguarda novos testes e maior maturação do projeto da Lockheed Martin, para investir na aquisição do novo míssil.
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