Fim da novela: México finalmente vendeu o Boeing 787 presidencial. Na sexta-feira (21), o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, anunciou nas suas redes sociais a venda do jato presidencial Boeing 787 Dreamliner. Este é o fim de uma longa novela iniciada ainda na campanha do então candidato socialista à presidência mexicana, que prometeu vender todos os “aviões de luxo” da Força Aérea Mexicana (FAM).
Após assumir a presidência em 2018, López Obrador criou o Instituto para Devolver al Pueblo lo Robado (INDEP), através do qual vendeu em leilão diversas aeronaves de transporte executivo da FAM (detalhes aqui). Entretanto, não obteve sucesso para se desfazer do controverso Boeing 787 Dreamliner, que finalmente foi vendido na semana passada.
De acordo com o presidente mexicano, o Dreamliner foi vendido por cerca de US$ 92 milhões para o governo do Tajiquistão, que deverá substituir seu envelhecido jato presidencial de origem soviética Tupolev Tu-134 (matrícula RT-65788).
Em novembro de 2012, último mês do mandato do então presidente Felipe Calderón, o governo mexicano comprou o Boeing 787-8, matrícula N787ZA (c/n 40695), por por US$ 139 milhões. O modelo é o sexto Dreamliner produzido pela Boeing, ainda como uma versão pré-série, o que dificultou ainda mais sua venda no mercado internacional.
Após passar por um extenso trabalho de padronização VIP nos Estados Unidos, em 03 de fevereiro de 2016 o 787 (matriculado XC-MEX/TP-01), foi entregue para o então presidente Enrique Peña Nieto, que usou o jato em todo o seu mandato. A última missão oficial do Dreamliner mexicano foi em 30 de novembro de 2018.
@FFO