Assim como o Governo da Suíça, o Governo do Canadá estendeu em um comunicado no da 9 de maio de 2020 o prazo final da competição de US$ 13,5 bilhões para substituir a frota de CF-18 da Royal Canadian Air Force’s (RCAF) por 30 dias por causa da COVID-19. Esta última extensão – a segunda deste ano para a competição – dará às três empresas que disputam o lucrativo contrato – Saab, Boeing e Lockheed Martin, até o final de julho, em vez de 30 de junho, para apresentar suas propostas. O vencedor do Future Fighter Capability Project (FFCP) terá a tarefa de entregar 88 novos jatos à CAF.
As empresas deveriam apresentar suas ofertas no final de março, mas isso foi adiado para o final de junho, após um pedido da Saab. O novo adiamento também foi em função de um novo pedido de adiamento, desta vez por parte da Boeing em função da pandemia. A definição de um substituto do CF-18 vem se arrastando há mais uma década. Competem como sucessor do CF-18 além do Lockheed Martin F-35, o Boeing Boeing F/A-18F Super Hornet e o Saab JAS 39E Gripen.
A notícia do adiamento vem curiosamente uma semana depois do Canadá fazer outro investimento multimilionário do programa JSF (F-35), ao qual o país é parceiro de US$ 70,1 milhões, apesar de não haver garantia de que o caça furtivo vencerá a competição. O Canadá efetivou o pagamento anual previsto no programa JSF para permanecer como um dos nove países parceiros no projeto de aviões de caça. Cada parceiro é obrigado a cobrir uma parte dos custos de desenvolvimento. Permanecer no programa tem vantagens, pois os parceiros obtêm um desconto na compra dos jatos. O investimento total do Canadá no F-35 para US$ 541,3 milhões desde 1997. Em contrapartida as empresas canadenses também garantiram US$ 1,8 bilhão em trabalhos relacionados ao caça furtivo.