Falta de suprimentos e ataques do Daesh afetam a IqAF. O ano de 2021 não tem sido fácil para a Força Aérea Iraquiana (IqAF – Iraq Air Force) em especial para as frotas de Sukhoi Su-25 Frogot e Lockheed F-16IQ. Ambas as frotas estão aterradas em suas bases com boas chances de permanecerem assim por muito tempo. A situação é semelhante à dos veículos aéreos não tripulados (UAS – Unmanned Aerial Vehicles) CASC CH-4B “Rainbow” chineses e os drones tático de fabricação americana Boeing Insitu ScanEagle. Os motivos vão deste a falta de suprimentos e de manutenção até dificuldades operacionais fruto dos frequentes ataques a bases aéreas feitos pelo Estado Islâmico (Daesh).
Atualmente, o F-16IQ não estão operando devido aos frequentes ataques do Daesh no norte do Iraque, na região da província de Kirkuk. Os ataques são dirigidos não apenas a civis, mas também a bases militares da região, como a de Ballad, sede do 9 Esquadrão de Caça equipado com os F-16. Além de militares iraquianos, Ballad abriga militares americanos e equipes de apoio técnico da Lockheed Martin aos caças F-16. Devido aos constantes ataques em muitas semanas diários com foguetes, a Lockheed Martin decidiu retirar seus funcionários do Iraque, o que deverá piorar ainda mais a disponibilidade dos F-16. Além da gigante americana, vários outros contratados americanos deixaram a base nos últimos três meses, bem como houve uma redução do efetivo militar americano.
A situação em Ballad já estava complicada desde abril de 2020, devido ao COVID-19, o que impediu a unidade de completar suas missões de combate aéreo em abril e setembro. Várias atividades foram interrompidas e o funcionarios entraram interromperam as atividades. Quando a situação começou a normalizar, começaram os ataques milicianos. Atualmente, os técnico civis estão de volta à base do Ballad, mas a questão é até quando? As informações da área de inteligência dão conta que os ataque não serão interrompidos ou reduzidos; pelo contrário, é esperado um aumento da atividade do Daesh na região. Com isto, a tendência é a saída dos técnicos e empreiteiras, deixando a unidade de F-16 no “limbo”. A IqAF tem hoje uma frota F-16IQ, sendo 27monoplaces e 7 biplaces (F-16C/D Block 52).
A situação é semelhante no Esquadrão de Ataque 109, que é equipado com os Su-25. Anos atrás, eles foram doados pela Rússia, Bielo-Rússia e Irã. Hoje não se sabe quantos Su25 de fato estão disponíveis. O que é fato é que a Rússia está atrasando ou não entregando peças de reposição. O Esquadrão 109 tem sede em Bagdá – na Base Aérea de Al Rasheed, mas tem desdobramentos em Al Asad e Habbaniya.
O caso dos UAS chineses e americanos não é muito diferente. O Iraque usa seus drones principalmente para monitorar os movimentos e manobras das tropas do Estado Islâmico, mas com a falta de suprimento, esta vantagem deixou de existir.
Os drones CH-4 chineses têm o mesmo problema que os Su-25 russos – Pequim não fornece peças de reposição. Segundo documentos do Pentágono e do governo iraquiano, o último drone desse tipo voou em 2019. A China vendeu 20 drones ao Iraque, oito dos quais já caíram e desde o segundo semestre de 2019 não envia suprimentos. Já os drones americanos não carecem se suprimento. Mas sim está no solo porque os ScanEagle estão sofrendo de interferência eletromagnética”, conforme um relatório do Pentágono. Provavelmente com apoio de tecnologia iraniana, o Daesh tem conseguido paralizar a frota.
@CAS