Fabricante diz que cancelamento de contrato do NH90 norueguês é infundado. Após a Noruega anunciar sua decisão de cancelar o contrato de aquisição dos helicópteros NH90 e exigir o reembolso das despesas, a NHIndustries (NHI), fabricante das aeronaves, disse que essa atitude é “legalmente infundada”.
A afirmação veio através de uma declaração financeira divulgada em 03 de novembro pela NHI Leonardo, parte interessada no acordo, cinco meses após a Noruega alegar que o helicóptero era incapaz de cumprir os requisitos necessários para as forças armadas.
“É uma decisão séria e não importa quantas horas o pessoal trabalhe, não importa quantas peças iremos receber, o NH90 não consegue atender as necessidades das nossas Forças Armadas”, disse Bjørn Arild, Ministro da Defesa norueguês, em junho deste ano.
O governo da Noruega informou que buscaria o ressarcimento total dos cerca de US$ 474 milhões investidos nos seus NH90 NATO Fragate Helicopters (NFH), além dos juros e outras despesas envolvidas neste projeto.
Atuando sob a proteção da legislação nacional, em junho deste ano, a Agência Norueguesa de Material de Defesa (NDMA) formalizou o pedido de rescisão do contrato de aquisição dos 14 helicópteros NH90, alegando atrasos e não conformidades do produto.
A decisão revogaria um documento firmado em 2001 com a holding francesa NHI, constituída pelas empresas Leonardo, Airbus Helicopters e Fokker Aerostructure. O contrato foi sujeito a prorrogações e alterações ao longo dos anos e estava previsto para ser concluído até o final de 2023. O pedido do NDMA é devolver os 13 helicópteros que já foram recebidos, e reivindicar o reembolso de todo valor investido.
A NHI considera este pedido não tem bases legais e é contestável em qualquer fórum apropriado, sendo originado pela “má interpretação do contrato e da lei norueguesa, bem como violação das obrigações de confidencialidade”, afirmou o consórcio.
Fonte: Janes Defense
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