FAB usa tiro de detenção em Cessna 182 no Mato Grosso. A Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou, por volta das 19h do dia 7 de setembro no norte do Mato Grosso, uma aeronave Cessna C182P matrícula PT-INM, que ingressou no espaço aéreo brasileiro sem autorização. As aeronaves em ALEDA (Alerta de Defesa Aérea) Embraer A-29 Super Tucano do 3º/3º GAV – Esquadrão Flecha e do 2º/3º GAV – Esquadrão Grifo, além de uma aeronave de Alerta Aérea Antecipado e Controle (AEW&C) Embraer E-99M do 2º/6º GAV – Esquadrão Guardião, foram empregados para interceptar a aeronave.
Os pilotos de defesa aérea seguiram o protocolo previsto nas medidas de policiamento do espaço aéreo (MPEA), interrogando o piloto da aeronave em 121.5 MHz, mas não obtiveram resposta. Nesse momento, a aeronave foi classificada como suspeita, conforme previsto no Decreto 5.144, de 16 de julho de 2004.
Na sequência, os pilotos da FAB ordenaram a mudança de rota e o pouso obrigatório em aeródromo específico, porém o piloto do avião interceptado não obedeceu. Foi necessário, então, que a defesa aérea comandasse o tiro de aviso. Ainda sem retorno, a aeronave foi considera hostil, e foram realizados os procedimentos de tiro de detenção.
Após a execução do tiro de detenção, a aeronave, que não tinha plano de voo e entrou no espaço aéreo do Brasil pela fronteira da Bolívia, fez pouso forçado no norte do estado do Mato Grosso. A partir de então a Polícia Federal assumiu as Medidas de Controle de Solo (MCS). O piloto se evadiu antes da chegada dos policiais e na aeronave foram encontrados mais de 200 quilos de cloridrato de cocaína. O PT-INM, segundo o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), é um Cessna 182P Skylane (c/n 18261614) fabricado em 1973 e pertencente a TERRA NORTE EMPREEND.RURAIS E COM.SA.
De acordo com o Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), os radares identificaram a aeronave entrando no espaço aéreo brasileiro. O avião, sem contato com o controle (ACC), descumpriu todas as medidas de policiamento realizadas, mostrando-se hostil.
A ação faz parte da Operação Ostium para coibir ilícitos transfronteiriços, na qual atuam em conjunto a Força Aérea Brasileira e a Polícia Federal, e contou com o apoio do Grupo Especial de Fronteira (GEFRON)/MT, do Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAER)/MT e das Polícias Militares dos estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul.
A FAB trabalha diuturnamente na garantia da soberania do espaço aéreo brasileiro. Essa ação, realizada na data da Independência do Brasil, mostra que o Sistema de Defesa Aérea do Brasil atua de forma permanente, 24 horas por dia, para garantir a soberania do País.
Fonte: CECOMSAER
@CAS