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FAB treina lançamento de mísseis em Parnamirim (RN)

10 de dezembro de 2020
Míssil do tipo IGLA-S segue em busca do seu alvo sobre o mar (Foto: FAB).

Em 04 de dezembro, a Força Aérea Brasileira (FAB) concluiu no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), em Parnamirim (RN), a Avaliação Operacional (AVAOP) do míssil IGLA-S. Mais de 50 militares, de 16 Organizações Militares da FAB que compõem três Grandes Comandos, participaram da Avaliação.

A atividade foi coordenada pelo Instituto de Aplicações Operacionais (IAOp), subordinado ao Comando de Preparo (COMPREP), e teve como objetivo verificar a capacidade dos mísseis em detectar alvos com diferentes intensidades radiantes e analisar a capacidade desse sistema em manter a navegação em direção a alvos, mesmo quando submetidos a contramedidas do tipo flare (artefatos lançados para confundir os mísseis).

O treinamento consistiu no lançamento de alvos simulados sobre o mar, a partir de H-36 Caracal, do 1º/8º GAV – Esquadrão Falcão, e H-50 Esquilo do 1º/11º GAV – Esquadrão Gavião. Logo após, o míssil do sistema IGLA-S era disparado e seus movimentos registrados por câmeras de alta velocidade para verificação da distância de passagem dos mísseis em relação aos alvos aéreos.

H-50 Esquilo do 1º/11º GAV – Esquadrão Gavião carrega o alvo, até o local de lançamento sobre o mar (Foto: FAB).

O Gerente da AVAOP, Tenente Engenheiro Carlos Henrique da Silva Rodrigues, Oficial do IAOp responsável pelas fases de planejamento, execução e análise, explicou a dinâmica da Avaliação. “O experimento foi dividido em duas partes. A primeira, com a preparação logística para o disparo, consistiu na preparação do atirador do míssil e dos alvos aéreos nas aeronaves. Na segunda parte, foi feito o deslocamento da aeronave para o ponto de lançamento, realizamos o lançamento do alvo aéreo, a evasiva da aeronave e, por fim, o disparo do míssil”, completou. Ainda segundo o Gerente, o objetivo foi avaliar o comportamento do míssil em um cenário mais real possível. “Foram dois anos de planejamento. Os resultados fomentarão a utilização da maneira mais eficaz e correta possíveis pelos Grupos de Defesa Antiaérea”, esclareceu.

Gerente da AVAOP, Tenente Engenheiro Carlos Henrique da Silva Rodrigues (Foto: FAB).

O Diretor do IAOp, Coronel Aviador Alessandro Sorgini D’Amato, ressaltou a relevância dos resultados que esse tipo de atividade proporciona. “De posse dos dados coletados, o IAOp produzirá técnicas e táticas em prol do Preparo e Emprego da Força Aérea Brasileira. É importante exaltar o trabalho de todas as Organizações que fizeram parte dessa Operação e, ainda, a interação constante entre as áreas técnica e operacional”, enfatizou.

Diretor do IAOp, Coronel Aviador Alessandro Sorgini D’Amato (Foto: FAB).

O Comandante da 1ª Brigada de Defesa Antiaérea (1ª BDAAE), Brigadeiro de Infantaria Almir Pinto de Lima, ratificou a importância de avaliar o sistema. “Pela primeira vez, teremos a oportunidade de realizar uma análise científica, baseada em parâmetros pré-estabelecidos do real desempenho do sistema de míssil antiaéreo que operamos na FAB, em situação específica de combate. O resultado dessa Avaliação permitirá melhorias em nossas táticas, técnicas e procedimentos”, lembrou.

Comandante da 1ª BDAAE, Brigadeiro de Infantaria Almir Pinto de Lima (Foto: FAB).

O Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) é a Organização responsável por desenvolver os alvos simulados. O Diretor do IAE, Brigadeiro Engenheiro César Demétrio Santos, disse que o treinamento proporcionou maior operacionalidade ao CLBI e destacou aspectos relevantes que resultam da integração entre Unidades que participaram da Avaliação. “Nessa parte de entregáveis, é importante deixar em evidência o trabalho feito por Institutos subordinados ao DCTA [Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial]. Temos a participação do IAOp, subordinado ao COMPREP, que é interessado principalmente nos ensaios dos mísseis IGLA-S, e temos a participação do IAE, junto com o CLBI, provendo todos os meios necessários para que ocorra a operação e atenda aos interesses do Comando de Preparo”, acrescentou.

Diretor do IAE, Brigadeiro Engenheiro César Demétrio Santos (Foto: FAB).

O míssil IGLA-S destina-se à alvos aéreos voando até 3.500 metros (11.500 pés), em rota de aproximação ou afastamento, bem como veículos aéreos não tripulados (VANT) e mísseis de cruzeiro, mesmo em ambientes de contramedidas com fonte de calor (flares). É um armamento portátil do tipo fire and forget, ou seja, “atire e esqueça”. O conjunto pronto para combate pesa 16,7 kg e pode ser lançado do ombro do atirador nas posições de pé ou de joelho, apresentando o tempo de reação de 13 segundos. Seu sistema de guiamento é de Atração Passiva por Infravermelho, que funciona por meio da detecção de fontes de calor emitidas pelo alvo, como por exemplo, o calor oriundo das turbinas de uma aeronave. Tem alcance máximo de seis quilômetros, e pode ser disparado a partir de posições fixas, viaturas em movimento máximo de 20 km/h em terreno plano e vagões ferroviários, em deslocamento até 50 km/h. O IGLA-S ainda possui a capacidade de diferenciação de alvos verdadeiros ou falsos, como por exemplo, flares, por meio da inserção de um Circuito de Seleção na Cabeça de Guiamento do míssil.

Militar monitora os testes dos mísseis IGLA-S (Foto: FAB).

O Instituto de Aplicações Operacionais (IAOp), subordinado ao Comando de Preparo (COMPREP) e situado no campus do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos (SP), tem por missão conduzir as atividades de Aplicações Operacionais, a fim de contribuir para o Preparo e o Emprego da Força Aérea Brasileira (FAB). As ações ocorrem por meio do desenvolvimento de técnicas, táticas e soluções operacionais, além de suporte ao processo decisório do COMPREP.

Vídeo divulgado pela FAB sobre o treinamento em Parnamirim (RN).

@FFO

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