Entre os dias 26 e 28 de agosto, a Força Aérea Brasileira (FAB) realizou a primeira operação de Transporte Aéreo Logístico para a nova Estação na Antártica Comandante Ferraz (EACF), localizada na Ilha Rei George, Baía do Almirantado.
Foi escalado para a missão o Lockheed C-130M Hércules (FAB 2471), do Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte (1°/1° GT) – “Esquadrão Gordo”, sediado na ALA 11 – Base Aérea do Galeão/RJ. Diferentemente do padrão das operações anteriores, a FAB usou o Aeroporto de Ushuaia, na Argentina, como ponto de apoio dos voos para o continente gelado. Normalmente os C-130 brasileiros partem do Aeroporto de Punta Arenas, no Chile.
Aproximadamente duas toneladas de alimentos, medicamentos, materiais diversos, equipamentos e peças para a manutenção da estação, foram enviados para os integrantes da EACF, que há cinco meses não recebiam apoio logístico, por conta dos protocolos de biossegurança impostos pelo COVID-19. Cabe ressaltar que antes do embarque do material no Galeão, uma equipe da Marinha do Brasil realizou a desinfecção dos pallets, com o objetivo de evitar que o coronavírus chegue ao Continente Antártico.
O Esquadrão Gordo, responsável pela Missão de Ressuprimento Aéreo, utilizou o método CDS (Container Delivery System), com o lançamento aéreo dos pacotes. Durante o período de inverno Antártico, as águas da Baía do Almirantado congelam, e este é a única forma de ressuprir a Estação Brasileira.
Segundo o Comandante do “Gordo 71”, Major Aviador André Nicolazzi da Rocha, apesar das intempéries da região, a missão foi cumprida conforme o previsto.
“Realizamos o lançamento da carga em nove passagens com precisão, e todo o material foi devidamente entregue na Estação”, explicou o oficial.
O Brasil faz parte do grupo de países signatários do Tratado Antártico, um acordo que possibilita as pesquisas científicas na região. Desde 1983 a FAB presta apoio aéreo para o Programa Antártico Brasileiro, contribuindo para viabilizar a presença do Brasil nesta Região, cujas características geográficas e oclimáticas dificultam o acesso ao continente.
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