FAB interessada no HAL Tejas. Além das negociações do Embraer KC-390 para a Índia que concorre ao Projeto MTA (Medium Transport Aircraft), veja aqui, informações dão conta que outro negócio poderá vir do oriente. A compra de um lote de aeronaves HAL Tejas Mk.1/A, visando substituir os A-1M, que em breve serão desativados.
O assunto foi pauta da visita de uma comitiva brasileira a Índia. O Comandante da Força Aérea da Índia, Marechal V.R. Chaudhari e o Tenente-Brigadeiro Marcelo Kantiz Damasceno se encontraram no dia 10 de setembro em Bangalore. Na pauta, além do KC-390, estavam os caça Tejas e os helicópteros indianos. O Comandante da FAB também se reuniu no dia 11 com o chefe do Estado-Maior do Exército, Upendra Dwivedi para discutir assuntos de defesa e de interesse na indústria indiana.
“Devemos ter não menos de dois e não mais de três tipos de aeronaves de combate. Atualmente temos o F-5 e o Gripen, mas depois de 2030, precisaremos de mais dois tipos com a baixa dos F-5″, disse o Tenente Brigadeiro do Ar Damasceno.
O interesse da FAB também estaria voltado aos Helicóptero Utilitário Leve (LUH) Dhruv e do Helicóptero de Combate Leve (LCH) Prachand, para o qual, o Comandante Brasileiro visitou as instalações da Hindustan Aeronautics Limited (HAL) em Bengaluru, onde conheceu a produção do Tejas e dos helicópteros.
Em tese a FAB estuda a compra de um Esquadrão para a região Amazônica, provavelmente para suprir a aposentadoria dos AH-1 Sabres (Mil Mi-35M) e de aeronaves utilitárias para ampliar a capacidade de transporte e resgate. A compra de helicópteros traria uma nova cadeia logística para a FAB, sempre acostumada a operar aeronaves de origem americana ou Europeia. A exceção foi o russo Mil Mi-35M, que se diga de passagem, enfrentou inúmeros problemas de suprimento e logística.
O HAL Tejas (sânscrito: ‘Radiance’) é uma aeronave de combate monomotora multifunção de asa delta de 4,5 geração, projetada pela Agência de Desenvolvimento Aeronáutico (ADA) e fabricada pela Hindustan Aeronautics Limited (HAL) para a Força Aérea Indiana (IAF) e a Marinha da Índia (IN). O Tejas fez seu primeiro voo em 2001 e entrou em serviço com a IAF em 2015, na versão Mk.1 e Mk.1 Trainer (biplace). Em 2022 surgiu a versão melhorada Tejas Mk.1A, com novos aviônicos, radar eletrônico AESA e mais leve que a primeira versão.
Em 2022 a FAB abandonou a ideia de ter apenas um caça, no caso o F-39E/F Gripen, e vem estudando a compra de um novo vetor para, inicialmente, substituir os A-1M de Santa Maria (RS), que devem parar em 2025. Além de mudar sua postura, o atraso na entrega do Gripen de certa forma força a FAB a buscar um vetor no mercado, sob pena de ficar sem boa parte de sua aviação de caça com a parada dos A-1M e em breve dos F-5M. Além do Tejas, a FAB também olha para o F-16, inclusive já tendo solicitado informações ao EUA.
@CAS