FAB intercepta aeronave suspeita oriunda da Venezuela
FAB intercepta aeronave suspeita oriunda da Venezuela. A Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou na manhã de ontem (19), um monomotor Cessna C182 procedente da Venezuela, sobrevoando o território nacional, sem plano de voo ou contato rádio com o controle de tráfego aéreo na região amazônica.
Por volta das 7h da manhã, os radares da Defesa Aérea da FAB detectaram um avião ingressando clandestinamente no espaço aéreo brasileiro, sem plano de voo conhecido e sem contato com os órgãos de controle de tráfego aéreo. De acordo com o Decreto nº 5.144/2004, o avião foi designado como suspeito e poderia estar envolvido com o tráfico de substâncias ilícitas.
Imediatamente, o Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) da FAB acionou dois caças A-29 Super Tucano em Alerta de Defesa Aérea para localizar e identificar a aeronave suspeita e adotar as Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA), conforme a legislação vigente.
Ao chegar na área, os pilotos da FAB interceptaram o avião suspeito e realizaram a identificação do seu registro registro, passando a acompanhá-lo para monitorar o seu comportamento. O C182 suspeito tinha aplicada na fuselagem a matrícula adulterada PT-DRY que, de acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro, no passado pertenceu a um Cessna 177RG acidentado.
Na sequência da MPEA, foram executadas as medidas de intervenção, nas quais os pilotos da FAB determinam que a aeronave interceptada modifique sua rota e pouse em um aeródromo determinado pelo COMAE.
Sem a colaboração do piloto do avião interceptado, um Super Tucano realizou o Tiro de Aviso, conforme determina a MPEA. O objetivo é obrigar que o piloto interceptado cumpra as ordens da Defesa Aérea.
Sem resposta, a aeronave suspeita foi reclassificada como hostil e passou a estar sujeita ao Tiro de Detenção, destinado a impedir a continuidade do voo, conforme previsto no Decreto nº 5.144/2004.
O avião suspeito conseguiu pousar em uma pista de terra próxima da região de Surucucu (RR). A localização do pouso foi repassada pelos pilotos do A-29 ao COMAE que enviou um helicóptero H-60 Black Hawk da FAB com uma equipe para realizar isolar o local. O piloto já havia deixado o avião e se evadiu pela mata.
Posteriormente, uma equipe de militares do Comando Conjunto Catrimani II foi transportada ao local para realizar a neutralização do avião hostil. A FAB reiterou que trabalha diuturnamente para garantir a segurança da navegação aérea e a soberania do espaço aéreo brasileiro.
Fonte: FAB
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