A Força Aérea Argentina (FAA) através do Brigadeiro Isaac – Chefe do Estado-Maior da FAA, confirmou que a crise econômica aliada a pandemia de COVID-19 irá afetar a modernização das aeronaves Embraer EMB-312 Tucano. A modernização que estava prevista para iniciar este ano, foi oficialmente adiada para 2021. A FAA não tem planos para substituir os Tucanos a médio prazo, que, desde a chegado dos Beechcraft T-6C Texan II deixou de ministrar a instrução aos cadetes da Escola de Aviação Militar, sendo transferidos em fevereiro de 2018 para o II Esquadrão Operacional da III Brigada Aérea, em Reconquista onde cumprem, missões de COIN, Patrulha de Fronteira e Policiamento do Espaço Aéreo.
Embora não tenham sido fornecidos maiores detalhes sobre nível da modernização, é provável que ele seja semelhante ao realizado pela Corporación de la Industria Aeronáutica Colombiana SA (CIAC) nos T-27 Tucano da Fuerza Aérea Colombiana (FAC). Apesar de também ser possível adotar o projeto de atualização previsto para o T-27 da Força Aérea Brasileira (FAB) – designado T-27M, o mais provável é adotar a solução colombiana, hoje um projeto mais maduro e já operacional na FAC. O projeto brasileiro ainda não foi iniciado e dificilmente estará pronto em 2021.
No total, o CIAC modernizou entre 2014 e junho de 2020 14 T-27 Tucano, trazendo-os para o novo padrão AT-27M. As obras incluíram troca de trem de pouso, revisão dos sistemas de combustível e hidráulico, modernização da aviônica (fornecida pela Collins Aerospace) e instalação de um cockpit digital (Cobham). Considerando o novo papel do EMB-312 Tucanos da FAA, este deve ser o provável caminho que a Argentina escolha para a modernização de suas as aeronaves.
No que diz respeito à capacidade de desenvolvimento local, o Brigadeiro Isaac observou como prioridade para o Tucano a homologação do novo pod subalar de 12,7 mm que foi projetado em conjunto pela Direção Geral de Materiais e pelo Departamento de Engenharia da Área de Materiais do Rio IV. Até agora, o pod EX-TRD 01 atingiu o estágio de protótipo, onde os testes do calibre 7,62 mm foram concluídos. A próxima etapa envolverá a adoção da configuração final para o calibre 12,7 mm.
Seja como for, é provável que a modernização dos T-27 possa ser feita em solo argentino, e deva levar uns três anos para uma frota de 12 aeronaves.
@CAS