A International Test Pilots School (ITPS) do Canadá assinou no dia 3 de novembro de 2020 um memorando de entendimento (MoU) com a Korea Aerospace Industries (KAI) para promover a aeronave de combate leve FA-50 para treinamento tático e adversário (Aggressor), acrescentando que o FA-50 é o substituto ideal para sua frota envelhecida de Aero Vodochody L-39 Albatros.
A escola de pilotos de teste opera cinco L-39 com aviônicos atualizados em uma função de treinamento avançado de caça em seu Centro Internacional de Treinamento Tático (ITTC – International Tactical Training Center) em Londres, Ontário. Atualmente, a ITPS Canada está fornecendo serviços FLIT ou Fighter Lead-In Training para a Força Aérea Real da Malásia no ITTC.
Giorgio Clementi, presidente da ITPS Canadá, disse: “O KAI FA-50 é uma grande aeronave! O desempenho, as qualidades de voo e as capacidades de missão da aeronave a tornam a plataforma ideal para missões de treinamento tático e adversário e um ótimo ajuste para ITPS para substituir nossa frota de L-39. Uma nova aeronave apoiada pelo fabricante e com a engenharia associada e suporte logístico garante operações confiáveis e econômicas no futuro. O FA-50 é um vencedor e estamos muito satisfeitos por colaborar com a KAI!”
A ITPS Canada fornece serviços de treinamento tático desde 2001. O FA-50 é a variante de combate leve da família do T-50 Golden Eagle. O FA-50 está em serviço operacional com três Forças Aéreas: Coreia do Sul, Iraque e Filipinas. A Força Aérea da República da Coréia (RoKAF) opera 57 FA-50, a Força Aérea do Iraque emprega 24 FA-50IQ e a Força Aérea das Filipinas tem 12 FA-50PH.
Um apontamento que fica do MoU assinado pela ITPS e a KAI é se o custo do desenvolvimento de uma variante específica do FA-50 irá compensar para a KAI, apenas para atender um lote tão pequeno e específico. Vale lembrar que o ITPS possuo quatro L-39 e não é provável a curto prazo que venha a encomendar um número tão superior de células, principalmente, se lembrarmos que o mercado de treinamento agressor privado está em franco crescimento e pelo menos outras 10 empresas disputam o mercado, muitas com caças supersônicos com maior performance. Entre ela a canadense Top Aces. Compensaria se a KAI estiver visando o mercado de treinamento privado. Porém, o que temos até o momento, são empresas que não estão investindo em aeronaves novas, mas sim, em vetores usado e a preço de ocasião, que possam passar por um MLU.
@CAS