F/A-18F da US Navy é abatido por fogo amigo no Mar Vermelho. Um Boeing F/A-18F Super Hornet pertencente à US Navy foi abatido sobre o Mar Vermelho, vítima de fogo amigo, durante as operações militares dos EUA contra as forças Houthis no Iêmen.
O acidente ocorreu nas primeiras horas do dia 22/12. O Super Hornet do VFA-11 — Red Rippers foi abatido por um míssil lançado erroneamente por um navio da US Navy Ambos os aviadores a bordo (piloto e WSO) conseguiram ejetar com segurança, sendo resgatados, um deles com ferimentos leves. A Aeronave era parte da Operação Poseidon Archer, contra as forças de Ansar Allah (Houthi) no Iêmen.
“Este incidente não foi resultado de fogo hostil, e uma investigação completa está em andamento”, disse o Comando Central dos EUA (CENTCOM), que supervisiona as operações de combate de Washington na região do Oriente Médio.
O VFA-11 faz parte da Carrier Air Wing 1 (CVW-1) que está embarcada no porta-aviões nuclear USS Harry S Truman (CVN-75) chegou ao Oriente Médio em 14 de dezembro como parte do esforço dos EUA para proteger a navegação comercial no Mar Vermelho dos ataques aéreos do grupo terrorista Houthi, lançados do vizinho Iêmen.
Embora detalhes precisos ainda não sejam conhecidos, o CENTCOM, sediado em Tampa, Flórida, confirma que o Super Hornet abatido foi disparado por engano pelo cruzador de mísseis guiados USS Gettysburg (CG-64). Ou ele foi abatido por um míssil ar-superfície SM-2 Standard por ser confundido com um drone kamikaze ou por um míssil de cruzeiro, parte do ataque, que de alguma forma, engajou o F/A-18F.
O Gettysburg está entre os navios que escoltam o CVN-75 chegou ao Oriente Médio em 14 de dezembro para “garantir a estabilidade e a segurança regionais”, de acordo com um anúncio anterior do Pentágono. A CVW-1 inclui três esquadrões de F/A-18E (VFA-81, VFA-136 e VFA-143), um esquadrão de F/A-18F (VFA-11) e um esquadrão de ataque eletrônico de EA-18G (VAQ-144). Além disto, tem uma unidade AEW com E-2D (VAW-126); duas e helicópteros Sea Hawk (HSC-11 e HSM-72) e uma de apoio logístico com C-2D (VRC-40).
A queda do caça americano parece ser um incidente clássico de “névoa de guerra”, ocorrendo logo após as forças dos EUA terem respondido a uma barragem de munições Houthi, incluindo UAV suicidas e mísseis de cruzeiro antinavio, em 21 de dezembro. Eles foram interceptados sobre o Mar Vermelho, conforme o CENTCOM.
Mais cedo naquele dia, Washington havia anunciado ataques aéreos contra alvos Houthis no Iêmen, realizados por meios da Força Aérea e da Marinha dos EUA, incluindo F/A-18E/F.
“As forças do CENTCOM conduziram ataques deliberados para interromper e degradar as operações Houthi, como ataques contra navios de guerra e navios mercantes da Marinha dos EUA no sul do Mar Vermelho, Bab al-Mandeb e Golfo de Áden”, disse o CENTCOM em 21 de dezembro.
O vídeo da operação divulgado pela Marinha mostra vários F/A-18s e uma aeronave de alerta antecipado aerotransportada Northrop Grumman E-2D decolando do convés de voo Truman. A filmagem foi publicada às 20:32, horário do leste dos EUA, em 21 de dezembro, indicando que os eventos ocorreram pouco antes do Super Hornet ser abatido.
Por mais de um ano, as forças navais e aéreas americanas estão envolvidas em uma campanha agressiva contra militantes Houthis, que usaram sua posição estratégica no oeste do Iêmen para atacar navios comerciais com mísseis de longo alcance e UAVs unidirecionais.
Tanto oficiais da ativa quanto observadores externos descreveram a situação como o período mais pesado de combate sustentado da Marinha dos EUA desde a Segunda Guerra Mundial. Ataques aéreos individuais apresentaram dezenas de mísseis e UAVs unidirecionais disparados contra navios da Marinha dos EUA, sendo tipicamente interceptados por uma mistura de aeronaves de caça e defesas aéreas baseadas em navios.
Vários marcos notáveis da aviação foram registrados durante a campanha, incluindo a primeira missão de combate de um Lockheed Martin F-35C e o primeiro abate ar-ar de um caça de ataque eletrônico Boeing EA-18G Growler.
@CAS