F-35B italianos a bordo do Cavour e do Queen Elizabeth. Dois eventos importantes aconteceram esta semana com os Lockheed Martin F-35B Italianos. Pela primeira vez eles operaram a bordo dos porta-aviões Cavour (550) da Marinha Italiana e Queen Elizabeth (R08), da Royal Navy.
O primeiro passo foi o pouso a bordo do Cavour, dia 20/11 no Mar Mediterrâneo, onde um F-35B com as marcas Marina Militare (MM7453/4-03) e um F-35B (MM7453/32-14) da Aeronautica Militare Italiana (AMI), ambos vinculados ao 13º Gruppo do 32º Stormo da AMI sediado em Amendola (LIBA) pousaram no C550, marcando a primeira operação dos F-35B italianos embarcados. Os F-35B da Marinha ainda estão em processo de recebimento e operando com a AMI. Antes disto o Cavour havia recebido aeronaves F-35B americanas do VX-23, durante seus testes de compatibilidade e homologação.
A Marina Italiana tem três dos 15 F-35B encomendados, dois dos quais estão treinando nos Estados Unidos, enquanto um terceiro (4-03) foi entregue em julho. A AMI planeja receber 60 F-35As mais 15 F-35B e já conta com 14, sendo 13 F-35A e um único F-35B (32-14).
No dia seguinte os dois F-35B italianos decolaram do Cavour e pousaram no Queen Elizabeth, marcando além da primeira operação com F-35 no porta-aviões britânico, a terceira nação com F-35B a pousar no R08. Os F-35B italianos se juntaram aos oito F-35B do Esquadrão 617 “Dambusters” da Royal Air Force (RAF), 10 F-35B do VMFA-211 “The Wake Island Avengers”, dos Marines (USMC), que compõem a frota de F-35 do Carrier Strike Group 2021 (CSG21). com a presença dos F-35 de três nações, o Queen Elizabeth passou a ter 20 F-35B embarcados, a maior força de Lightning II jamais vista no mar.
O exercício consistia oficialmente em F-35B de diferentes países trabalhando juntos. Isto sem dúvida dá a OTAN uma capacidade nunca antes vista, de unir forças para projetar forças, com vetores de diferentes nações no mesmo navio, porém operando como um só com as mesmas táticas, capacidades e objetivos.
O chefe do Estado-Maior italiano, almirante Cavo Dragone, disse: “As sinergias entre a Marinha e a Força Aérea na utilização do F-35B do convés dos porta-aviões serão equiparadas ao uso do solo, operando juntas em situações operacionais sem pistas adequadas para aeronaves convencionais”, afirmou. Descrevendo o domingo como um “dia histórico”, ele acrescentou: “Esta é uma nova temporada, pois estamos rumando para a integração total dos F-35Bs da Força Aérea e da Marinha, o que trará total interoperabilidade em operações aéreas e navais”.
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