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F-35B da RAF permanece em solo indiano

2 de julho de 2025
F-35B da RAF permanece em solo indiano. Foto: IAF.
F-35B da RAF permanece em solo indiano. Foto: IAF.

F-35B da RAF permanece em solo indiano. O F-35B da Royal Air Force (RAF) retido na Índia desde 14 de junho de 2025 gera preocupações sobre a segurança da tecnologia stealth.

O F-35B do Sq 617 (ZM168/034) da Royal Air Force, que estava operando junto a Royal Navy a bordo do porta-aviões HMS Prince of Walles (R09) em uma missão na região do Mar Arábico, foi informado sobre a deterioração das condições meteorológicas no mar, o que tornou inseguro seu retorno ao porta-aviões. Devido ao nível de combustível baixo e posteriormente a uma falha no sistema hidráulico, o piloto solicitou alternar para o aeroporto mais próximo disponível. Autoridades do Aeroporto de Thiruvananthapuram em Kerala, Índia confirmaram o pouso do F-35B por volta das 22h30 (horário de Brasília).

O jato, estacionado na Plataforma 4 do aeroporto, permanece sob rigorosa segurança, protegido por militares britânicos e pela Força Central de Segurança Industrial da Índia. Inicialmente estacionado ao ar livre, exposto às chuvas de monção de Kerala, a aeronave gerou preocupações sobre potenciais danos e riscos à segurança. A Marinha Real inicialmente recusou uma oferta da Air India para transferir o jato para um hangar, alegando preocupações com a proteção de sua tecnologia.

A aeronave, operava a cerca de 100 milhas náuticas da costa de Kerala, declarou estado de emergência sendo autorizada a pousar pelo Sistema Integrado de Comando e Controle Aéreo da Índia. Oficiais da Força Aérea Indiana confirmaram que o jato estava voando fora da Zona de Identificação de Defesa Aérea da Índia, com Thiruvananthapuram designada como seu campo de pouso de recuperação de emergência. Um porta-voz da Força Aérea Indiana declarou: “Após declarar o desvio de emergência, o F-35B foi detectado e identificado pela rede IACCS da IAF e autorizado para recuperação.”

Vídeo via X.

O F-35B, avaliado em mais de US$ 100 milhões, participava da Operação Highmast, uma importante operação naval britânica no Indo-Pacífico para reforçar alianças e combater tensões regionais, particularmente com a China. A missão, envolvendo o HMS Prince of Wales e até 4.500 militares, reforça o compromisso do Reino Unido em manter uma presença estratégica na região.

O Incidente e suas consequências

Na noite do pouso de emergência, o F-35B pousou em segurança em Thiruvananthapuram por volta das 21h28, horário local. As autoridades indianas forneceram apoio imediato, incluindo reabastecimento, mas tentativas subsequentes de devolver o jato ao HMS Prince of Wales foram frustradas por uma falha no sistema hidráulico. O sistema hidráulico é essencial para controlar o trem de pouso, os freios e as superfícies de voo do jato, e uma falha nesse sistema torna a aeronave inviável.

F-35B do Sq 617 (ZM168/034) da Royal Air Force em Thiruvananthapuram. Foto: Anaswar.
F-35B do Sq 617 (ZM168/034) da Royal Air Force em Thiruvananthapuram. Foto: Anaswar.

Uma equipe de manutenção da Marinha Real, transportada ao local por um helicóptero AW101 Merlin, avaliou os danos, mas não conseguiu resolver o problema. O Alto Comissariado Britânico em Bengaluru confirmou: “Uma aeronave F-35 do Reino Unido não conseguiu retornar ao HMS Prince of Wales devido às condições climáticas adversas. Posteriormente, a aeronave apresentou um problema de engenharia enquanto estava em solo, o que impediu seu retorno ao porta-aviões”.

No entanto, após duas semanas, as autoridades britânicas concordaram em realocar a aeronave para um hangar de manutenção assim que uma equipe especializada e equipamentos chegassem do Reino Unido. Um porta-voz do Alto Comissariado Britânico observou: “Estamos trabalhando para consertar o F-35B britânico no Aeroporto Internacional de Thiruvananthapuram o mais rápido possível. Agradecemos às autoridades indianas pelo apoio contínuo”.

F-35B do Sq 617 em Thiruvananthapuram, estando sujeito as intempéries do clima. Foto: IAF.
F-35B do Sq 617 em Thiruvananthapuram, estando sujeito as intempéries do clima. Foto: IAF.

Passados 19 dias, ele permanece em solo indiano, sem uma definição. O incidente levantou preocupações no Reino Unido sobre a segurança da tecnologia sensível do jato, gerando questionamentos de legisladores e destacando as complexidades de operar equipamentos militares de ponta em uma região geopoliticamente sensível. As autoridades indianas forneceram apoio logístico, mas o jato permanece sob forte segurança britânica, sem um cronograma claro para seu retorno ao serviço.

Uma declaração do Ministério da Defesa enfatizou: “A aeronave permanece sob estrito controle britânico, com pessoal da Força Aérea Real protegendo-a 24 horas por dia, 7 dias por semana”. Autoridades indianas reiteraram seu compromisso de apoiar seus aliados britânicos, com a Força Aérea Indiana fornecendo assistência logística durante todo o calvário.

Frota dos demais 11 F-35B do 617 Sq a bordo do R09 ao largo da costa indiana. Ao todo, 12 F-35B deixaram o UK. Foto: RN.
Frota dos demais 11 F-35B do 617 Sq a bordo do R09 ao largo da costa indiana. Ao todo, 12 F-35B deixaram o UK. Foto: RN.

O reparo do F-35B apresenta obstáculos logísticos significativos. Se os reparos no local não forem bem-sucedidos, autoridades de defesa indicaram que o jato poderá precisar ser transportado de volta para Reino Unido por meio de uma aeronave de transporte militar, como um C-17 Globemaster.

O incidente também reacendeu o escrutínio sobre a confiabilidade do programa F-35. O relatório de 2024 do Departamento de Defesa dos EUA destacou que o tempo médio do F-35B entre falhas críticas e eventos de manutenção está aquém das expectativas, contribuindo para custos mais altos do que o previsto. Para a Marinha Real, a imobilização de um veículo emblemático durante uma missão de alto nível levanta questões sobre a prontidão operacional e a viabilidade de projetar potência em regiões distantes.

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