F-35A da RNLAF abatem drones nos céus do Mar Báltico. Em 5/03, dois caças holandeses F-35 cruzaram os céus acima do Mar Báltico, travando e destruindo vários drones de treinamento com mísseis AIM-9X Sidewinder. A operação se desenrolou em espaço aéreo controlado, um esforço conjunto liderado pela Holanda e pela Estônia, com a nação báltica fornecendo os drones para o exercício.
Para os pilotos, foi uma rara chance de aprimorar suas habilidades em cenários de combate em tempo real — táticas como neutralizar vários drones simultaneamente, uma capacidade cada vez mais vital na guerra moderna. Essas chamadas missões contra drones são agora um componente central do pacote de tarefas do F-35 holandês dentro da OTAN, refletindo uma ênfase crescente em combater ameaças aéreas não tripuladas.
A importância do treinamento com fogo real contra tais sistemas não pode ser exagerada; drones não são mais somente ferramentas de vigilância — são armas, empunhadas com frequência alarmante nos campos de batalha de hoje. Essa realidade voltou à tona na semana passada, quando os F-35 holandeses correram para proteger o espaço aéreo polonês em meio a um ataque maciço de mísseis e drones russos à Ucrânia, vizinha da Polônia a leste.
Desde o final do ano passado, a Royal Netherlands Air Force (RNLAF) enviou quatro F-35A a Estônia, encarregados de manter aeronaves russas afastadas ao longo do flanco leste da OTAN. Nesse período, os jatos foram mobilizados 10 vezes para interceptar aviões russos, identificando 18 no total — uma prova de sua vigilância implacável.
O primeiro pedido firme de F-35A da RNLAF veio em 2013, quando o Ministério da Defesa se comprometeu a comprar 37 F-35A para substituir a frota de F-16, um acordo avaliado em aproximadamente € 4,5 bilhões (US$ 5,8 bilhões na época). As entregas começaram em 2019, com o par inicial chegando à Base Aérea de Leeuwarden, na Frísia.
Em 2021, o governo aumentou seu pedido para 52 jatos, refletindo tanto as pressões da OTAN quanto uma reavaliação das ameaças regionais, particularmente após a anexação da Crimeia pela Rússia em 2014. Essa expansão elevou o custo total para € 6,2 bilhões (US$ 6,9 bilhões), incluindo atualizações de infraestrutura, treinamento e peças de reposição. Cada jato tem um preço unitário de cerca de US$ 80 milhões.
Além do Báltico, os F-35 holandeses atuam nas fronteiras da OTAN, reforçando a determinação da aliança em uma era de ressurgência da assertividade russa. Em 2021, quatro jatos foram enviados à Bulgária como parte da missão Enhanced Air Policing da OTAN, patrulhando a costa do Mar Negro para conter incursões russas perto do espaço aéreo romeno e búlgaro.
No mesmo ano, eles se juntaram a exercícios na Noruega, operando da Base Aérea de Ørland ao lado dos F-35s noruegueses para testar a interoperabilidade em condições árticas — um aceno ao flanco norte da OTAN. Em 2023, os F-35s holandeses pousaram na Polônia para um exercício de resposta rápida, simulando uma defesa contra um hipotético avanço russo no Suwałki Gap, um ponto de estrangulamento estratégico entre Belarus e Kaliningrado.
Testar as capacidades do F-35 em cenários como o abate de drones no Báltico de ontem não é somente rotina — é um imperativo estratégico. Os drones reescreveram as regras da guerra, desde o uso de UAVs baratos pela Ucrânia para devastar blindados russos até milícias apoiadas pelo Irã invadindo bases dos EUA no Oriente Médio.
Para a OTAN, a ameaça é dupla: drones podem espionar movimentos de tropas ou infraestrutura, e variantes armadas podem atacar com precisão, tudo por uma fração do custo de armas tradicionais. O Mar Báltico, um teatro tenso onde aeronaves e navios russos sondam as bordas da OTAN, é um campo de provas perfeito.
A luta da semana passada para proteger o espaço aéreo polonês durante o bombardeio russo à Ucrânia destacou o que está em jogo: drones e mísseis não respeitam fronteiras, e a proximidade da Polônia com o conflito faz dela um estado de linha de frente.
A ação de ontem sobre o Mar Báltico cristalizou essa realidade. Dois F-35 da RNLAF, derrubaram vários drones de treinamento com AIM-9 Sidewinders. O estado báltico forneceu os alvos, dando aos pilotos holandeses uma chance de refinar sua capacidade de combate, derrubando vários UAV de uma vez, em uma manobra que reflete ameaças reais. Essas missões antidrone, incorporadas ao manual da OTAN do F-35 holandês, ressaltam uma verdade preocupante: sistemas não tripulados não são mais uma preocupação de nicho, mas uma ameaça de linha de frente.
Com quatro F-35A e até 150 militares entrincheirados na Estônia desde o final de 2024, os holandeses estão mantendo a linha, suas 10 interceptações de 18 aeronaves russas são uma repreensão silenciosa, mas firme, às provocações de Moscou. Em um mundo onde os drones podem mudar o rumo da batalha, a prática de fogo real do F-35 não é somente uma preparação — é um aviso.
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