

F-35 foi atacado por um míssil lançado pelos Houthis. Um Lockheed Martin F-35 americano teve que fazer manobras evasivas para evitar ser atingido por pelo menos um míssil terra-ar disparado pelos rebeldes Houthis, durante uma missão da à campanha Rough Rider.
A data exata do incidente não foi divulgada. Também não está claro se o F-35 em questão era um Alfa da USAF ou um Charlie da US Navy. Vale lembrar que as duas variantes estão na região. Os F-35A da 388th FW da Base Aérea de Hill chegaram ao Oriente Médio, em 20 de março, a Al Dhafra Air Base nos Emirados Árabes Unidos. Já os porta-aviões da US Navy – USS Harry S. Truman (CVN-75) e o USS Carl Vinson (CNV-70), que estão na região do MAr Vermelho, e também estão envolvidos na Operação Rough Rider. O primeiro está com a CVW 1 e o segundo com a CVW 2, a única que opera o F-35C, com o VFA-97.
Uma fonte do The New York Times disse que o episódio, que aconteceu na operação contra os Houthis no Iêmen, disparada no dia 15 de março. “Eles chegaram perto o suficiente para que o F-35 tivesse que manobrar”, disse o oficial ao NYT.
Trump ordenou a Operação Rough Rider em resposta aos ataques Houthi contra navios na área do Mar Vermelho. Na verdade, ela começou em novembro de 2023 em solidariedade aos palestinos pela última guerra entre Israel e Gaza. Eles forçaram os navios a evitar o Canal de Suez para uma rota muito mais longa ao redor da África, aumentando os custos de carga em quase US$ 200 bilhões.
Os ataques dos Houthis afundaram duas embarcações, danificaram muitas outras, causaram a morte de quatro marinheiros e levaram muitos a serem mantidos reféns após a apreensão de um navio. Além de atacar navios, os Houthis também dispararam mísseis e drones contra Israel. Trump retomou as ações em 15 de março, que havia sido suspensas com o fim da administração Biden.
“Nos primeiros 30 dias, os houthis abateram sete drones MQ-9 (US$ 30 milhões cada) e vários F-16 americanos e um caça F-35 quase foram engajados pelas defesas aéreas houthis, tornando real a possibilidade de baixas americanas, disseram várias autoridades americanas”, ao NYT.
“Terroristas Houthi lançaram mísseis e drones de ataque unidirecionais contra navios de guerra dos EUA mais de 170 vezes e contra embarcações comerciais 145 vezes desde 2023”, disse o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, a repórteres em uma coletiva de imprensa em 17 de março.
Porém, não há indícios de que os F-16 da USAF tenham sido alvos ou que algo tenha se aproximado deles, a ponto de terem que usar sistemas de autodefesa e fazer manobras evasivas. O F-35 teria sido o primeiro a “ver” um míssil se aproximar a ponto de ele ter que executar uma evasiva e lançar iscas de autoproteção. Além do incidente com o F-35, o USS Harry S. Truman perdeu dois F/A-18 Super Hornet durante ações contra os Houthis. Leia aqui e aqui.
O arsenal dos Houthis não é desprezível. Entre os mísseis terra-ar mais modernos e capazes que os Houthis têm atualmente em serviço estão o Barq-1 e o Barq-2, baseados na família Taer de mísseis terra-ar de médio alcance guiados por radar do Irã. Já o Badr-1P, é uma versão guiada de precisão do Badr-1, também conhecido como Maraj ou Miraj. Além destes existem os mísseis Saqr-1/359 (SA-67) e o Saqr-2, que não possui as aletas de cauda encontradas no Saqr-1/358. Não é conformado, mas eles também pode estar empregando o míssil iraniano Sayyad-2, cópia em parte, dos mísseis americanos RIM-66 Standard.

Além dos projetos fornecidos pelo Irã, os Houthis também adaptaram diversos mísseis ar-ar da era soviética e de fabricação russa para uso como armas antiaéreas terrestres. Isso inclui os R-73E, R-27T e R-77, aos quais os Houthis se referem em suas novas configurações terra-ar como Thaqib-1, Thaqib-2 e Thaqib-3, respectivamente.
No 31º dia de campanha, o Presidente Trump, exigiu um relatório de progresso. Os resultados não apareceram. Os Estados Unidos nem sequer haviam estabelecido superioridade aérea sobre os houthis. Em vez disso, o que emergiu após 30 dias de uma campanha intensificada contra o grupo iemenita foi mais um engajamento militar americano dispendioso, mas inconclusivo, na região.
A campanha Rough Rider, foi suspensa em 8 de maio pelo presidente dos EUA, Donald Trump. A operação “custou à América mais de US$ 1 bilhão desde março, incluindo os milhares de bombas e mísseis usados nos ataques”, informou a NBC News na época.
A porta-voz da Casa Branca, Anna Kelly, afirmou em comunicado ao The New York Times que “o presidente Trump executou com sucesso um cessar-fogo, o que é mais um bom acordo para os Estados Unidos e nossa segurança’”, informou a publicação em sua matéria de 12 de maio. “Ela acrescentou que os militares americanos realizaram mais de 1.100 ataques, matando centenas de combatentes houthis e destruindo suas armas e equipamentos”.
No total, os ataques da Operação Rough Rider “destruíram diversas instalações de comando e controle, sistemas de defesa aérea, instalações avançadas de fabricação de armas e locais de armazenamento de armas avançadas”, disse o CENTCOM em uma postagem de 27 de abril no X.
Que até mesmo os Houthis, com suas defesas aéreas relativamente rudimentares, foram capazes de impedir que muitas aeronaves dos EUA fizessem ataques diretos. Se notou uma forte dependência de armas de ataque à distância e até mesmo de bombardeiros furtivos.
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