F-22 Raptors em solo Europeu! O F-22 Raptor fez sua primeira aparição no teatro de operações europeu desde que a invasão russa da Ucrânia começou há mais de cinco meses, em meio a ameças da Rússia de uma “ação mais dura” contra os Estados Unidos, se este continuar a armar a Ucrânia.
Seis caças stealth F-22A Raptor da USAF chegaram à Inglaterra, mais precisamente a RAF Lakenheath, durante uma parada técnica a caminho da Polônia. Essa implantação é sem precedentes. Os F-22 já haviam visitado a Polônia antes. Porém apenas dois deles, no que foi mais uma rápida missão de boa vontade do que um desdobramento. A presença dos Raptors agora tem um aspecto operacional e um recado claro da OTAN contra a Rússia.
Os F-22A pertencem ao 90th Fighter Squadron (90th FS) da 3rd Wing, sediada na Joint Base Elmendorf-Richardson, Alasca. Eles serão implantados na 32ª Base Aérea Tática, Łask, Polônia, para apoiar a proteção aérea da OTAN no teatro do leste europeu. Deslocado a unidade será passa a ser a 90th Expeditionary Fighter Squadron. Os F-22 irão operar ao lado dos F/A-18C/D Hornets da 2rd MAW também estão na Base Aérea de Łask, “desdobrados para aumentar as capacidades da OTAN na Europa Oriental a convite”. Outras unidades que operam em Lask são os F-35A 388th FS e do 419th FS sediados em Spangdahlem, Alemanha.
A Polônia está estrategicamente localizada, compartilhando longas fronteiras com a Bielorrússia e a Ucrânia. Seu espaço aéreo é agora defendido pelos seus próprios F-16 e MiG-29, auxiliados por caças americanos, incluindo F-35A e F/A-18C/D e em breve pelos F-22. As aeronaves E-3 AWACS também têm sido uma instalação constante na região para apoiar os voos de caça da OTAN perto das fronteiras da Ucrânia e da Bielorrússia, assim como os aviões-tanque KC-135 para apoiar essas operações.
A missão é de “blindagem aérea da OTAN” (NATO Air Shield) e os F-22 e integrarão as demais unidades de defesa aérea e antimísseis aliadas aéreas e de superfície no sistema de defesa aérea e antimísseis sob o comando e controle da OTAN. Esta força vem fornecendo um escudo quase ininterrupto do Báltico ao Mar Negro, garantindo que os Aliados da OTAN sejam mais capazes de salvaguardar e proteger o território, as populações e as forças da Aliança contra ameaças aéreas e de mísseis, especialmente advindas da Rússia.
O envio dos Raptors é parte de um esforço crescente dos Estados Unidos e seus parceiros da OTAN para aumentar a presença aérea na região, algo que começou a aumentar muito antes de a Rússia invadir a Ucrânia. Desde então, 120 aviões foram colocados em alerta máximo, disse o General a reserva da USAF Tod Wolters, então comandante do Comando Europeu dos EUA e Comandante Supremo Aliado da Europa, em uma reunião de chefes de defesa da Otan em maio. Houve “um aumento de 50% nos caças patrulhando os céus”, disse ele.
A Polônia tornou-se um ponto de passagem para armas estrangeiras e outros suprimentos militares que vão para a Ucrânia. O governo polonês também está trabalhando para reforçar suas próprias defesas, comprando tanques Abrams dos Estados Unidos e, recentemente, tanques, obuses e aviões da Coreia do Sul.
@CAS