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F-16I é o protagonista dos ataques ao Irã

14 de junho de 2025
F-16I é o protagonista dos ataques ao Irã. Caças do 107 Sq. Foto: X/IAF.

F-16I é o protagonista dos ataques ao Irã. Nas primeiras horas de 13 de junho de 2025, Israel realizou uma série de ataques aéreos contra o Irã, visando instalações nucleares e militares do país, onde o avançado caça de ataque F-16I Sufa, foi um dos protagonistas por parte da IAF.

Explosões ecoaram por Teerã, conforme relatado pela mídia local, sinalizando a intensidade dos ataques. Um oficial militar israelense confirmou que a operação teve como alvo locais-chave, citando informações de que o Irã estava preparando um ataque contra Israel. Os Estados Unidos, embora não envolvidos nos ataques, foram informados dos planos de Israel, com o Secretário de Estado Marco Rubio enfatizando a natureza unilateral da ação.

O uso de caças Lockheed Martin F-16I Sufa, armados com munições guiadas de precisão, ressaltou as capacidades militares de Israel. Imagens do Ministério da Defesa de Israel mostraram que o F-16I do 107 Sq, sediados na Base Aérea de Hatzerim (LLHB). Estas aeronaves voaram mais de 2000 km para atingir seus alvos na “Operação Leão Ascendente”.

Os ataques ocorrem em um contexto de décadas de animosidade entre Israel e Irã, enraizada em diferenças ideológicas e disputas regionais por poder. Desde a Revolução Islâmica de 1979, o Irã tem visto Israel como um adversário primário, frequentemente apoiando grupos como o Hezbollah no Líbano e o Hamas em Gaza para desafiar os interesses israelenses. Israel, por sua vez, tem consistentemente como alvo as ambições nucleares do Irã, temendo que um Irã com armas nucleares represente uma ameaça existencial.

F-16I Sufa do 107 Sq - Cavaleiros do Esquadrão Cauda Laranja, prontos para decolar para a Operação Leão Ascendente, armados com AIM-120 e GBU-39. Foto: X/IAF.
F-16I Sufa do 107 Sq – Cavaleiros do Esquadrão Cauda Laranja, prontos para decolar para a Operação Leão Ascendente, armados com AIM-120 e GBU-39. Foto: X/IAF.

A decisão de Israel de atacar foi motivada por informações de inteligência que sugeriam que o Irã estava planejando um ataque iminente, de acordo com um oficial militar israelense que informou os repórteres. O oficial, falando sob condição de anonimato, disse que a operação envolveu dezenas de ataques em diversas regiões do Irã, visando instalações nucleares e centros de comando militar.

A mídia local em Teerã relatou explosões por volta das 3h, horário local, com vídeos circulando online mostrando flashes de luz e colunas de fumaça sobre a capital. A televisão estatal iraniana minimizou inicialmente os ataques, focando em cenas de normalidade nos mercados de Teerã, mas posteriormente reconheceu danos a instalações militares.

As Forças de Defesa de Israel divulgaram um comunicado confirmando a operação, enfatizando que todas as aeronaves retornaram em segurança. O comunicado destacou o uso de jatos F-16I Sufa, considerado um pilar da Força Aérea Israelense ou Israeli Air Force (IAF).

O F-16I Sufa — “Tempestade” em hebraico, é uma versão customizada do Lockheed Martin F-16D Block 50/52 Fighting Falcon, projetado especificamente para a IAF e lançado em 2004 pelo programa Peace Marble V.

Ele foi projetado tanto para missões de superioridade aérea quanto de ataque ao solo, ele tem peso de decolagem de 23.600 kg, o que é uma capacidade de carga útil maior do que os F-16 padrão. É considerado o F-16 mais poderoso já construído.

Seus tanques de combustível conformais, montados ao longo da fuselagem, aumentam seu alcance em 50%, permitindo missões até o Irã sem necessidade de reabastecimento. A velocidade máxima do jato atinge Mach 2, equipado com um motor Pratt & Whitney F100 ou General Electric F110, gerando 12.250 kg de empuxo. Aviônicos avançados, incluindo o radar Northrop Grumman AN/APG-68[V]9, proporcionam um alcance de detecção 30% maior do que os modelos anteriores. O pod designador Rafael Litening III e o radar de abertura sintética permitem ataques precisos em todas as condições climáticas, dia e noite.

Sistemas projetados por Israel, como o visor montado no capacete Elbit Dash IV e o conjunto de guerra eletrônica do Lahav, aumentam a consciência situacional e a capacidade de sobrevivência do piloto. A capacidade do Sufa de atingir múltiplos alvos simultaneamente o torna uma plataforma formidável para operações complexas como a conduzida no Irã.

O armamento utilizado pelo F-16I Sufa nos ataques de 13 de junho incluía a Small Diameter Bomb (SDB) GBU-39/B e o míssil AIM-120B AMRAAM. Cada jato carregava oito bombas GBU-39, totalizando 48 em toda a formação, além de dois mísseis AIM-120 e três tanques de combustível externos.

A GBU-39, desenvolvida pela Boeing, é uma bomba planadora guiada com precisão de 113 kg (250 libras) projetada para penetrar alvos sólidos com danos colaterais mínimos. Seu tamanho compacto e alcance de 177 quilômetros (110 milhas náuticas) permitem que ela ataque a uma distância segura, tornando-a ideal para atingir instalações nucleares fortificadas como as de Natanz ou Fordow. O sistema de orientação GPS/INS da bomba garante precisão de metros, mesmo em condições climáticas adversas.

F-16I Sufa do 107 Sq - Cavaleiros do Esquadrão Cauda Laranja, prontos para decolar para a Operação Leão Ascendente. Foto: X/IAF.
F-16I Sufa do 107 Sq – Cavaleiros do Esquadrão Cauda Laranja, prontos para decolar para a Operação Leão Ascendente. Foto: X/IAF.

O AIM-120B AMRAAM, produzido pela Raytheon, é um míssil ar-ar de médio alcance com alcance de 57 a 65 milhas náuticas, equipado com radar ativo para o engajamento de aeronaves inimigas. Sua função na operação era autoproteção em combate BVR contra caças iranianos, como o MiG-29 ou o F-14 Tomcat. O AIM-120B, embora essencialmente defensivo, garantiu que os jatos operassem em espaço aéreo disputado sem depender exclusivamente de caças de escolta.

Pilotos israelenses elogiaram o desempenho do Sufa, com um deles descrevendo-o como uma transição de “um Subaru velho e decadente” para “um carro de luxo americano” devido à sua potência e capacidade de voar em baixas altitudes. Essa vantagem tecnológica foi crucial para navegar nas defesas aéreas do Irã, que incluem os sistemas S-300 fornecidos pela Rússia.

A operação se desenrolou em várias fases, começando com os jatos F-16I Sufa decolando de bases aéreas israelenses, provavelmente Ramon ou Tel Nof, como visto na imagem do post X. Os jatos percorreram aproximadamente 2.000 quilômetros para atingir seus alvos, exigindo reabastecimento em voo para sustentar a missão. Os ataques tiveram como alvo uma série de instalações, incluindo locais de enriquecimento nuclear em Natanz, seis, bases militares ao redor de Teerã e postos de comando militar, embora locais específicos além de Teerã não tenham sido divulgados. Além dos F-16I, cerca de 200 aeronaves da IAF participaram da ação, com destaque também para os F-15I Ra’am, F-16D Barak, F-35I Adir e F-15C Baz.

Um dos locais que os F-16I ataram - a Usina de Urânio de Natanz. Foto: IDF.
Um dos locais que os F-16I ataram – a Usina de Urânio de Natanz. Foto: IDF.

A escolha da bomba GBU-39 foi estratégica, dada sua capacidade de penetrar alvos resistentes. As instalações nucleares do Irã, como Fordow, estão enterradas em locais profundos, exigindo munições capazes de ataques precisos e de alto impacto. O pequeno tamanho da GBU-39 permite que o Sufa carregue múltiplas bombas, aumentando a eficiência da operação.

O papel do F-16I Sufa na operação reforça seu status como peça fundamental da estratégia militar israelense. Desde sua introdução, o jato tem sido essencial para a defesa israelense, conduzindo ataques em Gaza, Síria e Líbano com notável sucesso. Seus sistemas avançados, desenvolvidos por empresas israelenses como Elbit e Lahav, lhe conferem uma vantagem sobre os concorrentes regionais.

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