F-16 Block 50 com aviônicos de Bloco 70 para as Filipinas? O Governo das Filipinas continua na busca por um novo caça multifuncional. O processo de licitação internacional continua sendo desenvolvido, com dois finalistas: O F-16 e o Gripen. A novidade é que a Lockheed Martin está oferecendo uma versão inédita: F-16C Block 50 com aviônicos do Bloco70.
Na luta por conquistar o contrato do Governo das Filipinas e equipar a Philipines Air Force (PhAF) com um novo caça, restaram dois concorrentes: o americano Lockheed Martin F-16 e o sueco Saab Gripen, que deixaram para trás concorrentes como o indiano HAL Tejas e o sino-paquistanês CAC PAC JF-17.
Porém, a Lockheed Martin está enfrentando um sério desafio. Sua proposta para o F-16 Block 70/72 custa US$ 2,4 bilhões. É considerada muito cara, segundo a mídia filipina, e deve ser recusada abrindo espaço para o Gripen.
Para levar o contrato, os EUA estão considerando oferecer um meio-termo, visando reduzir o preço para as Filipinas e assim vencer a licitação. Porém, isso os privará a PhAF da versão mais recente do famoso caça. Fontes dizem que a Lockheed Martin está se preparando para apresentar uma nova oferta: a venda do F-16 Block 50 com os aviônicos do Block 70. O quanto a nova proposta reduzirá o custo para os militares filipinos ainda não está claro.
A versão F-16C-50/52 é uma da mais importantes da produção, com o maior número de exemplares. Colocar os aviônicos do Bloco 70/72 daria a ela uma capacidade muito próxima do F-16V. O radar passaria a ser o APG-83 AESA — sendo considerado hoje um radar de última geração compatível com o hardware de outros caças americanos como o — F-22 e F-35. Ele é totalmente integrado aos armamentos de última geração americanos, e aberto a novas integrações, inclusive o novo míssil BVRAAM americano, o Lockheed Martin AIM-260 Joint Advanced Tactical Missile (JATM), que deverá substituir o AIM-120 AMRAAM.
Além do radar, outro ponto importante são os aviônicos e sistemas. Por exemplo, os F-16 filipinos receberão um Display de pedestal central ou Center Pedestal Display (CPD). Com telas de alta resolução, ele fornece imagens táticas críticas aos pilotos e permite que eles aproveitem ao máximo os dados do radar AESA e dos pods de direcionamento. O novo CPD permite mapas em movimento coloridos, exibições de situação ar-ar maiores e mais fáceis de gerenciar, funcionalidade de zoom com a capacidade de alternar informações entre exibições, exibição digital de dados de instrumentos de voo e uma exibição colorida/noturna montada no capacete. Ele pode ser integrado ao Lockheed Martin Sniper Advanced Targeting Pod e ao sistema Legion-ES IRST, aumentando a consciência situacional do piloto.
A Saab está pronta para contrapor a proposta americana. A Saab oferece atualmente o JAS-39 Gripen, tanto na versão C/D usados quanto E/F novos. Haverá diferença no preço — o de segunda mão será mais barato, mas não no equipamento. Os suecos ofereceram um pacote completo.
A oferta sueca inclui aeronaves JAS-39C/D atualizadas com aviônicos de nova geração. Segundo fontes não oficiais, os aviões são chamados de “C+”. Acredita-se que os aviões possam ser de segunda mão ou até novos. Acredita-se que o radar AESA do Gripen E, — o Leonardo Raven ES-05, também esteja instalado na aeronave “C+”.
Além de poder oferecer três variações do se caça: Gripen C/D; Gripen C+/D+ e os Gripen E/F. a Saab ainda tem outras vantagens sobre os americanos. O Gripen E/F usa o mesmo motor F-404 que os caças FA-50 da PhAF. A Suécia tem 4 aeronaves de alerta precoce Saab 340. 2 dessas 4 aeronaves estão atualmente aposentadas. As Filipinas podem estar de olho nos Saab 340, que podem vir como um pacote, junto com os Gripens.
De toda forma os americanos devem pegar “pesado” em sua oferta, pois os EUA querem o contrato de até 24 aeronaves. Para o Gripen E, é uma boa oportunidade de emplacar outro cliente, algo que seria primordial para o projeto e teria reflexos positivos no Brasil.
@CAS