F-15 para o Egito? O chefe das forças dos Estados Unidos no Oriente Médio (U.S. Central Command) disse no dia 15 de março que acredita que os Estados Unidos fornecerão ao Egito caças Boeing F-15EX. A informação foi creditada a Reuters, sem contudo dar detalhes de quantas unidades, valores e datas de entrega.
“Acho que temos boas notícias, pois vamos fornecer a eles F-15, que tem sido um trabalho longo e difícil”, disse o general Frank McKenzie, chefe do Comando Central dos EUA, durante uma audiência no congresso nesta semana. No mês passado, o General McKenzie enfatizou seria realizada uma assistência militar “muito forte” ao Egito quando esteve na capital do país, Cairo, mesmo após a decisão da administração Joe Biden de cortar US$ 130 milhões em ajuda militar ao país, por motivos de direitos humanos.
Até mesmo o congresso relutou em aprovar venda de C-130J a Força Aérea do Egito (Al Quwwat Al Jawwiya Il Misriya – Egypt Air Force), em função dos problemas de ordem humanitária. Mesmo que a possível venda seja aprovada, ela ainda pode ser bloqueada pela oposição do Congresso, e a possível transação provavelmente provocará um debate entre os legisladores de Washington.
Vários legisladores do congresso se manifestaram contra os acordos de armas de Washington com o Egito no passado, citando preocupações sobre o histórico de direitos humanos do país. No entanto, a atual situação do mundo, com conflito abertos e eminentes, tem dado outra ótica a situação e uma corrida armamentista já vem veladamente em tempos que o foco é a pandemia, se montando e alianças política e estratégicas vem se tornando mais importantes que questões humanitárias.
As importações de armas do Egito da Rússia, França, Alemanha e Itália aumentaram, de acordo com dados do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo e a indústria americana não quer ficar sem uma fatia deste mercado.
O presidente egípcio Abdel Fattah Al-Sisi, um ex-chefe do Exército, foi criticado por esmagar a dissidência desde que chegou ao poder depois de liderar a deposição em 2013 do presidente eleito Mohamed Mursi, do partido islâmico Irmandade Muçulmana, que agora é proibido. O Egito passou a diversificar suas fontes de armas depois que o então presidente dos EUA, Barack Obama, congelou em 2013 a ajuda militar ao Egito após a queda de Morsi.
Autoridades dos EUA disseram que o relacionamento dos EUA com o Egito é complexo. O país árabe mais populoso do mundo é um aliado vital e uma voz-chave no mundo árabe dos EUA. Oficiais militares dos Estados Unidos há muito tempo destacam o papel do Egito no processo de acelerar a passagem de navios de guerra americanos pelo Canal de Suez e conceder sobrevoos para aeronaves militares dos em seu espaço aéreo. Porém a atual política americana sobre pressões para boicotar e embargar venda a países com problemas humanitários e com vies ditatorial, como o Egito.
@CAS