

F-117A Nighthawks avistados sobre o Golfo do México. Dois F-117A Nighthawks supostamente retirados de serviço da USAF foram avistados voando perto do Golfo do México realizando um reabastecimento em voo com um KC-46A. O voo levanta questões sobre seu papel, justamente em meio a crise dos EUA com a Venezuela.
Os F-117 revoram com o KC-46A USAF 17-46026 call sing MDUSA80 HEAVY em 30 de setembro de 2025.
Qual o papel do F-117, estrela da primeira Guerra do Golfo em 1991, dentro da USAF? Vale lembrar que oficialmente eles foram retirados oficialmente de serviço em abril de 2008, isto é há quase 20 anos. Porém, parte da frota foi mantida estocada em condições de voo. Foram construídos 64 F-117 Nighthawk, e cerca de 48 aeronaves estavam preservados e mantidos em condições de voo em 2021. Hoje estoma-se que 40 permanecem “desaposentados”. Os F-117 estão armazenados no Aeroporto de Tonopah Test Range (TTR), na Nellis Test and Training Range (NTTR), em Nevada, carregando o código de cauda “TR”.
O F-117A, desenvolvido pela Lockheed no âmbito do programa Skunk Works e introduzido na década de 1980, foi a primeira aeronave stealth operacional do mundo, projetada para missões de ataque de precisão. O lendário Lockheed F-117A Nighthawk sempre teve a áurea de secreta, desde o seu primeiro voo operacional em 18 de junho de 1981, foi mantido em completo sigilo até 1988. Em janeiro de 1991 ele ganharam os holofotes, quando apareceram na operação Desert Storm, atuando com extrema precisão em ataques na campanha aliada.

Os F-117 tem sido vistos desde 2021 com frequência operando ao largo da costa da Califórnia e em operações com a USAF. As imagens vistas estas semana, mostram eles reabastecendo em voo em uma área que é caminho direto para a Venezuela, onde o Governos dos EUA tem intensificado ações contra o narcotráfico. Este avistamento inesperado ressalta a relevância contínua da tecnologia stealth e levanta questões estratégicas sobre a doutrina do poder aéreo dos EUA.

Sua certificação para revoar com o KC-46 ou o KC-135 Stratotanker indica que a USAF continua a considerar a aeronave um valioso banco de testes ou mesmo um ativo para missões pontuais. Enquanto o B-2 representa a capacidade estratégica de ataque nuclear e o F-35A oferece flexibilidade multifuncional, o F-117 pode preencher essa lacuna como uma ferramenta para táticas furtivas, ou mesmo para uma certificação de reabastecimento ou potencial integração em operações não tripuladas, ou semiautônomas.
Ao voar perto do México e em coordenação com recursos de reabastecimento aéreo, o F-117 também poderia servir como um sinal de que algo pode ser feito, de maneira pontual, ao território venezuelano. Lembrando que a administração Trump já considerou destruir pontos do narcotráfico em solo da Venezuela.

O retorno do F-117A aos testes ativos ressalta como a tecnologia stealth tradicional continua a servir à Força Aérea dos EUA na definição do futuro do combate aéreo. Seja como plataforma de reabastecimento certificada, um oponente de treinamento stealth ou a base para sistemas experimentais não tripulados, a resistência do Nighthawk ressalta a determinação de Washington em manter seu domínio no campo em evolução da guerra stealth.
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