EXCON Escudo-Tínia 2022 encerra com 1.500 horas de voo. Adestrar Unidades Aéreas no cumprimento de ações de Força Aérea em um cenário tático, fictício, dinâmico, complexo e com um objetivo a ser atingido: defender a soberania do espaço aéreo e atacar o território inimigo, em uma simulação de guerra convencional. Esse foi o contexto do Exercício Conjunto (EXCON) Escudo-Tínia 2022, realizado entre os dias 07 e 25 de novembro.
As atividades aéreas e terrestres ocorreram nas Bases Aéreas de Canoas (BACO) e Santa Maria (BASM), além das cidades de Santana da Boa Vista e Caçapava do Sul (RS). Com 1.500 horas de voo, o EXCON Escudo-Tínia 2022 contou com a participação de mais de 800 militares da Marinha do Brasil (MB), Exército Brasileiro (EB) e do efetivo de Unidades da Força Aérea Brasileira (FAB) distribuídas por todo o País, e com mais de 50 aeronaves das Aviações de Caça, Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR), Asas Rotativas e Transporte.
Outro aspecto do Exercício foi o acompanhamento em tempo real dos combates aéreos, o chamado showtime, em que militares avaliaram cada ação dos pilotos em voo e definiram o andamento das missões. O reabastecimento em voo também foi treinado durante o exercício. O KC-130 Hércules e o KC-390 do Esquadrão Gordo realizaram missões de reabastecimento das aeronaves F5.
Controle do Tráfego Aéreo
A coordenação do Controle do Espaço Aéreo no EXCON Escudo-Tínia 2022 ficou sob a responsabilidade do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC), Unidade subordinada ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e o Segundo Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (2º/1º GCC) – Esquadrão Aranha, localizados na BACO, com apoio do Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º/1º GCC), localizado no Rio de Janeiro (RJ) e o Quarto Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (4º/1º GCC) – Esquadrão Mangrulho, localizado na BASM.
Com o objetivo de consolidar a doutrina de missões aéreas compostas através de treinamento e emprego aéreo militar em ações conjuntas, o EXCON Escudo-Tínia 2022 contou com uma complexa infraestrutura em telecomunicações, e com grande planejamento e capacitação dos participantes de diversas especialidades multidisciplinares.
Além da estrutura, o 1º GCC dispõe do Radar de Defesa Aérea TPS-B34, que tem como principal diferencial ser tridimensional, transportável e com uma enorme capacidade de guerra eletrônica. Os aviões radar E-99 também realizaram o controle de tráfego durante as missões dos caças.
Operação Escudo emprega defesa antiaérea
Durante a realização do EXCON Escudo-Tínia 2022, aconteceu o treinamento da missão de Defesa Antiaérea. O adestramento envolveu aeronaves e mísseis para defesa de pontos e zonas sensíveis de superfície, de forças terrestres ou navais, interdição de um espaço aéreo condicionado ou em zona de combate. A Defesa Antiaérea também é importante na estratégia de defesa de um país. Ela exige total integração com variados sistemas de comando e controle e o adestramento constante devido às suas peculiaridades e complexidade.
Com o foco em treinar as antiaéreas do país em cenário de guerra simulada, diversas frações de artilharia antiaérea foram empregadas no treinamento, em terrenos das cidades de Santana da Boa Vista e Caçapava do Sul (RS).
Resultados
O Comandante do Comando de Preparo (COMPREP), Tenente-Brigadeiro do Ar Sergio Roberto de Almeida, falou sobre o retorno das atividades em 2022 e os desafios do COMPREP para esta edição. “O Exercício Conjunto (EXCON) Escudo-Tínia 2022 é o complemento de uma série de operações que começamos no início do ano, incluindo os exercícios do COMAE, a KRATOS e a COMAEX, Exercícios de Comando e Controle, e a Operação TÁPIO em Campo Grande (MS), um exercício de guerra não regular. A Tínia é o coroamento de uma guerra regular, tradicional, clássica em que a FAB é empregada com todos os seus meios. Posso dizer que o resultado tem sido excelente, cumprindo todas as fases previstas nesse Exercício”, pontuou.
Em sua visita ao EXCON Escudo-Tínia 2022, o Comandante do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), Tenente-Brigadeiro do Ar Heraldo Luiz Rodrigues, falou sobre o trabalho que foi realizado pelos militares. “Observamos um grau de profissionalismo extremante elevado. Os militares trabalharam nas missões, no planejamento, execução e coordenação em parceria com a Marinha do Brasil e o Exército Brasileiro, o que possibilitou dedicação extrema e completa das Unidades de Aeronáutica que trabalharam dia e noite e conseguiram atingir todos os objetivos estipulados para o Exercício”, concluiu o Oficial-General.
Fonte: FAB
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