Ex-presidente hondurenho reclama modernização dos F-5 da FAH. As Forças Armadas de Honduras carecem de radares de superfície e de aeronaves militares em boas condições para combater efetivamente o narcotráfico na região. A informação foi divulgada recentemente pelo ex-presidente e atual assessor presidencial, Manuel Zelaya Rosales, em uma declaração nas redes sociais.
O político que comandou o país entre 2006 e 2009, afirmou que “se não há radares, como vamos identificar os aviões e quais traficam drogas? Dizem que nos venderam alguns radares ruins, e tudo isso será investigado”, disse Zelaya em um vídeo publicado pela Digital Process.
“Mel” Zelaya, como é conhecido, ainda lamentou que os caças supersônicos F-5 da Fuerza Aérea Hondureña (FAH), necessários para para combater o narcotráfico, há muitos anos carecem de peças de reposição e componentes, que os Estados Unidos “se recusam a fornecer”.
“Há mais de 20 anos, Honduras pede aos Estados Unidos peças de reposição para seus F-5, e os pedidos não são atendidos”, lamentou. “Com alguns desses aviões, qualquer voo que passe por aqui poderá seria interceptado“, acrescentou. “Se travar a entrada de drogas nas fronteiras marítima, aérea e terrestre, reduziremos em 50% a violência no país”, afirmou Mel Zelaya.
A partir de 1987 a Fuerza Aérea Hondureña recebeu dos EUA uma dúzia de caças Northrop Grumman F-5E/F Tiger II, sendo dez F-5E monoplaces (FAH 4003 à FAH 4012) e dois F-5F biplaces (FAH 4001 e FAH 4002). Desde então, os caças supersônicos assumiram a tarefa de defesa e superioridade aérea do país.
Com mais de 35 anos de operações, as aeronaves sofrem com a defasagem tecnológica, e necessitam de modernização. Conforme informações divulgadas pela mídia, há mais de duas décadas o governo hondurenho solicita para os EUA autorização para a modernização dos F-5, o que é negada sob alegação de “não afetar o atual equilíbrio de poder na região”.
De acordo com o Scramble Magazine, hoje apenas sete F-5E/F estariam em condições operacionais na FAH.
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