Ex-presidente hondurenho reclama modernização dos F-5 da FAH. As Forças Armadas de Honduras carecem de radares de superfície e de aeronaves militares em boas condições para combater efetivamente o narcotráfico na região. A informação foi divulgada recentemente pelo ex-presidente e atual assessor presidencial, Manuel Zelaya Rosales, em uma declaração nas redes sociais.
O político que comandou o país entre 2006 e 2009, afirmou que “se não há radares, como vamos identificar os aviões e quais traficam drogas? Dizem que nos venderam alguns radares ruins, e tudo isso será investigado”, disse Zelaya em um vídeo publicado pela Digital Process.
Honduras no tiene radares ni aviones para detener el narcotráfico. Hace 20 años EEUU no da los repuestos para los F-5, se queja el expresidente @manuelzr #ProcesoDigital pic.twitter.com/AMF4JfWeJf
— Proceso Digital (@ProcesoDigital) August 5, 2022
“Mel” Zelaya, como é conhecido, ainda lamentou que os caças supersônicos F-5 da Fuerza Aérea Hondureña (FAH), necessários para para combater o narcotráfico, há muitos anos carecem de peças de reposição e componentes, que os Estados Unidos “se recusam a fornecer”.
“Há mais de 20 anos, Honduras pede aos Estados Unidos peças de reposição para seus F-5, e os pedidos não são atendidos”, lamentou. “Com alguns desses aviões, qualquer voo que passe por aqui poderá seria interceptado“, acrescentou. “Se travar a entrada de drogas nas fronteiras marítima, aérea e terrestre, reduziremos em 50% a violência no país”, afirmou Mel Zelaya.
A partir de 1987 a Fuerza Aérea Hondureña recebeu dos EUA uma dúzia de caças Northrop Grumman F-5E/F Tiger II, sendo dez F-5E monoplaces (FAH 4003 à FAH 4012) e dois F-5F biplaces (FAH 4001 e FAH 4002). Desde então, os caças supersônicos assumiram a tarefa de defesa e superioridade aérea do país.
Com mais de 35 anos de operações, as aeronaves sofrem com a defasagem tecnológica, e necessitam de modernização. Conforme informações divulgadas pela mídia, há mais de duas décadas o governo hondurenho solicita para os EUA autorização para a modernização dos F-5, o que é negada sob alegação de “não afetar o atual equilíbrio de poder na região”.
De acordo com o Scramble Magazine, hoje apenas sete F-5E/F estariam em condições operacionais na FAH.
@FFO