O Comando Indo-Pacífico (US INDO-PACOM)elaborou um plano de US$ 27,3 bilhões para a compra novos sistemas de defesa, radares e sistemas de defesa antimísseis e satélites para toda a região indo-pacífico.
O relatório foi entregue no dia 1º de março ao Congresso Americano. Ele é um esboço do orçamento previsto para os anos de 2022 a 2027, que prevê um plano de longo prazo criado pelo chefe do US INDO-PACOM, Almirante Phil Davidson.
O plano para a Iniciativa de Dissuasão do Pacífico inclui US$ 4,6 bilhões só em 2022, que representa dois terços do valor gasto na Iniciativa de Defesa Europeia do ano fiscal 2020 (FY20 de US$ 5,9 bilhões). Isto mostra o quanto a situação da região do Pacífico envolvendo a China preocupa os militares americanos e seu aliados na região.
O documento diz aos legisladores que os Estados Unidos “precisam de redes de ataque de precisão com alta capacidade de sobrevivência, com ênfase em maiores quantidades de armas terrestres. Essas redes devem ser operacionalmente descentralizadas e geograficamente distribuídas ao longo dos arquipélagos do Pacífico ocidental usando uma infraestrutura agnóstica de serviço”.
Davidson vai lançar formalmente o relatório em um evento organizado pela American Enterprise Institute, amanhã – 04/03, quando o governo Biden estará elaborando seu orçamento para 2022. O orçamento do Departamento de Defesa (DoD) deve chegar a cifra de US$ 740 bilhões, aproximadamente o mesmo orçamento dos anos de 2021 e 2020, o que significa que escolhas difíceis terão que ser feitas dentro do Pentágono sobre onde alocar recursos.
No topo da lista de prioridades de aquisição do Almirante Phil Davidson está um sistema de defesa antimísseis balísticos Aegis Ashore em Guam, algo que, segundo ele mesmo diz: “há muito tempo é minha prioridade número um”.
O próximo é um Tactical Multi-Mission Over-the-Horizon Radar, cujo custo é de US$ 197 milhões, e que deve ser colocado em Palau para detectar e rastrear alvos aéreos e de superfície. O Pentágono estabeleceu um relacionamento mais próximo com a pequena nação insular no Mar das Filipinas, que fornece uma localização estratégica cobiçada pelos Pentágono, se os EUA almejam de fato, expandir sua presença na região.
O documento também inclui US$ 2,3 bilhões para construir e lançar “uma constelação de radares baseados no espaço para manter a consciência situacional sobre as atividades do adversário”, que alimentaria H24 os sistemas antimíssil Aegis Ashore em Palau.
Davidson também está procurando US$ 206 milhões para “aeronaves tripuladas especializadas para fornecer requisitos de coleta de inteligência de múltiplas fontes em toda a região, junto com US$ 3,3 bilhões para implantar aeronave de ataque alta de precisão e grande capacidade de sobrevivência, para apoiar tropas em terra, navios e aeronaves a distâncias superiores a 500 km.
@CAS