EUA rejeita antecipar a entrega do KC-46A a Israel. Os Estados Unidos rejeitaram um pedido israelense visando acelerar a entrega de dois Boeing KC-46A, parte de um lote de oito aeronaves encomendadas por Israel para a Israeli Air Force – IAF (Heyl Ha’Avir). Com isto as primeira entregas só devem ocorrer no final de 2023.
Israel deveria receber dois primeiros KC-46A fabricados pela Boeing até o final de 2023 e, durante a última visita do ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a Washington em outubro, propôs a possibilidade de adiantar a entrega de quatro unidades, com dois deles sendo entregues imediatamente no início de 2022. Em março passado, o Departamento de Estado dos Estados Unidos aprovou a venda para Israel de até oito KC-46A e equipamentos relacionados por US$ 2,4 bilhões.
As aeronaves teriam que sair da lia de produção destinada a USAF, que recentemente incorporou seu 50º KC-46. Porém, o US DoD negou o pedido a Israel, enquanto os planos para uma possível opção militar contra o plano nuclear do Irã avançam, onde a capacidade de reabastecimento em voo será fundamental e, provavelmente, o KC-46 estava incluído nos planos.
Durante uma recente visita aos Estados Unidos, o ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, informou às autoridades americanas que havia definido um prazo para que as Forças de Defesa de Israel (IDF – Israel Defense Forces) concluíssem os preparativos para um ataque contra o Irã. Não houve veto dos EUA aos planos de Israel, de acordo com uma importante fonte diplomática. Os EUA e Israel estão planejando grandes exercícios conjuntos para preparar um possível ataque contra o programa nuclear iraniano.
Os KC-46 substituirão os KC-707 Re’em, cuja atual frota do 120 Sqn gira em torno de nove aeronaves, das quais não se sabe de fato quantas estão operacionais. Os Re’em são aeronaves civis Boeing 707-300 convertidos para a missão de reabastecimento em voo. Um dos indicativos da aceleração do recebimento dos KC-46A é justamente o estado da frota de KC-707, que poderá parrar antes da chegada prevista do novos reabastecedores. Isto poderia comprometer a capacidade operacional da IAF.
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