

EUA não descarta ações militares contra a Groenlândia e o Panamá. O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, não descartou na quinta-feira a possibilidade de uma futura invasão militar da Groenlândia e do Panamá, sugerindo aos legisladores que o Pentágono pode ter planos de um ataque futuro.
Comparecendo perante o Comitê de Serviços Armados da Câmara, Hegseth afirmou que o departamento “planeja qualquer contingência específica” e disse: “Acho que o povo americano gostaria que o Pentágono tivesse planos para qualquer coisa”.
Pressionado pelos legisladores republicanos a descartar a possibilidade de um ataque militar dos EUA à Groenlândia ou ao Panamá, Hegseth reiterou que o “Pentágono tem planos para uma série de contingências” e que as autoridades “estão ansiosas para trabalhar com a Groenlândia para garantir que ela esteja protegida de quaisquer ameaças potenciais”.
Os democratas zombaram dessas respostas. “Não creio que o povo americano tenha votado no presidente Trump porque esperava que invadíssemos a Groenlândia”, disse o deputado Adam Smith, democrata de Washington, membro sênior do comitê. “A mensagem que isso envia ao resto do mundo é que os EUA estão aqui somente por interesse próprio e não se importam com alianças”.
A questão de uma possível intervenção militar dos EUA para tomar a Groenlândia, o Panamá, o Canadá e outros territórios aliados tem sido motivo de preocupação há meses entre os críticos do presidente Donald Trump.
Nas redes sociais e em comentários na Casa Branca, Trump declarou diversas vezes que a Dinamarca deveria prescindir do controle da Groenlândia para o bem da segurança global, e que o Canadá deveria se tornar o 51º estado americano.

Autoridades do governo minimizaram esses comentários. Hegseth, em sua primeira aparição perante o comitê, evitou responder diretamente às alegações, mas disse que o governo dos Estados Unidos tem interesse significativo em proteger as áreas da influência ou manipulação chinesa.
No início desta semana, o Parlamento dinamarquês aprovou uma legislação que permite novas bases militares dos EUA em solo dinamarquês, ampliando um acordo militar anterior existente entre os países. Mas o primeiro-ministro da Groenlândia, Jens-Frederik Nielsen, prometeu nos últimos meses se opor a qualquer esforço dos EUA para tomar o território dinamarquês.
Enquanto isso, o Pentágono transferirá provavelmente a Groenlândia do Comando Europeu dos EUA para o Comando Norte dos EUA, o órgão militar responsável pela defesa do território americano, do México e do Canadá. A mudança em si envolve somente redesenhar os mapas dos comandos de combate dos EUA e transferir a responsabilidade pelas forças militares na Groenlândia, mas causou angústia entre alguns na Dinamarca, que acham que o governo está tentando aproximar o território dos Estados Unidos.
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