Estados Unidos e o Japão fecharam, no dia 17 de fevereiro, um acordo de um ano que manterá as tropas dos americanas na terra do Sol Nascente. O acordo vinha sendo costurado nos bastidores entre os predecessores do Presidente Americano John Biden e do Primeiro Ministro Japonês Yoshihide Suga, que esta semana concordaram em assinar um termo que por hora satisfaça os dois lados, segundo informou o Japan Times. Há tempos, a questão de manter tropas americanas no Japão – algo que ocorre desde o fim da II Guerra Mundial, é alvo de críticas e questionamentos por porte da sociedade japonesa, principalmente, porque parte destes custos são bancados pelo orçamento de defesa do país.
O acordo finalizado dia 17 de fevereiro, também reflete uma necessidade, devido à situação tensa na região do Indo-Pacífico, que tem preocupado face a não haver uma estabilização. Há mais de três anos, são constantes as provocações tanto diplomáticas, como militares e econômicas.
A parceria entre o Japão e os Estados Unidos é necessária, disse o ministro das Relações Exteriores Japonês, Toshimitsu Motegi, em um comunicado após a conclusão do acordo. Já, Nobuo Kishi, o Ministro da Defesa do Japão, ficou satisfeito com o resultado, acrescentando que “apenas a pandemia e a transição do governo dos EUA atrasaram o processo, que já deveria ter acontecido”.
Apesar de fechado, uma questão ficou no ar. A prática entre os dois países até o momento eram acordos de cinco anos. A decisão de chegar a um acordo em apenas um ano pode indicar alguns desdobramentos futuros a curto prazo, como uma retirada gradua das tropas. Oficialmente, no entanto, Biden tem se manifestado que prefere fazer todos os esforços no primeiro ano de seu mandato para lidar com a COVID-19, deixando acordos com parceiros em segundo plano. Além disto, também tentará “esclarecer” a política externa dos EUA na região, o que pode ser visto como um segundo motivo para o curto prazo do acordo.
Os Estados Unidos tem aproximadamente 55 mil militares no Japão.
@CAS