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EUA e Coreia do Sul fazem parceria em programas de drones autônomos

21 de junho de 2025
EUA e Coreia do Sul fazem parceria em programas de drones autônomos. A Hanwha, empresa líder em defesa da Coreia do Sul, anunciou um investimento para desenvolver em conjunto o Grey Eagle STOL, um drone tático de decolagem e pouso curtos da GA-ASI. Foto: GA-ASI.

EUA e Coreia do Sul fazem parceria em programas de drones autônomos. O crescente número de parcerias entre empresas de defesa sul-coreanas e americanas na área de drones militares autônomos marca uma mudança estratégica na evolução das capacidades defensivas.

Em resposta à crescente importância dos sistemas não tripulados e à integração acelerada da inteligência artificial em operações militares, esses acordos visam suprir as deficiências tecnológicas da Coreia do Sul, ao mesmo tempo, em que atendem à forte demanda global.

Somente em abril de 2025, cinco acordos estratégicos foram anunciados entre grandes players de ambos os países, como a colaboração da Hanwha Aerospace com a General Atomics para desenvolver o drone GA-ASI Grey Eagle STOL, refletindo um compromisso compartilhado com o desenvolvimento de sistemas autônomos aéreos e navais para uso militar. Embora a maioria desses projetos ainda esteja em estágio inicial, seu impacto potencial pode remodelar significativamente o equilíbrio de poder no cenário global de autonomia de defesa.

Entre os acordos mais notáveis ​​está o firmado entre a Hanwha Aerospace e a General Atomics Aeronautical Systems (GA-ASI). A Hanwha, principal empresa de defesa da Coreia do Sul, anunciou um investimento de 750 bilhões de wons (aproximadamente US$ 524 milhões) para o desenvolvimento conjunto do Grey Eagle STOL, um drone tático de decolagem e pouso curtos. Este é o primeiro compromisso formal da Hanwha em um programa bilateral de desenvolvimento de drones, embora a empresa já tenha experiência na fabricação de componentes para drones. A GA-ASI, conhecida por plataformas como o MQ-9 Reaper, traz seu software e expertise operacional para uma parceria focada no mercado internacional.

Enquanto isso, a Anduril Industries, com sede nos EUA, especializada em sistemas autônomos e IA para aplicações de defesa, fortaleceu sua presença na Coreia do Sul por meio de vários acordos. A empresa assinou um memorando de entendimento com a divisão aeroespacial da Korean Air para o desenvolvimento conjunto de veículos aéreos autônomos, principalmente para exportação. A Anduril também concluiu um acordo preliminar com a Administração do Programa de Aquisição de Defesa (DAPA), a agência sul-coreana responsável por compras militares, para lançar um programa conjunto de P&D focado em drones de combate de próxima geração.

Isso inclui componentes de hardware e arquitetura de software para comando e controle. Em 3 de abril, a Anduril formalizou uma parceria com a LIG Nex1 para integrar seu software baseado em IA, Lattice, em armas guiadas de nova geração. Uma colaboração separada com a HD Hyundai também está em andamento para desenvolver plataformas navais autônomas.

Para os Estados Unidos, essas colaborações atendem a interesses estratégicos duplos. Elas permitem que empresas americanas acessem o dinâmico mercado de defesa da Coreia do Sul e fortaleçam sua presença tecnológica no Leste Asiático — uma região no centro das rivalidades geopolíticas com a China. Ao transferir tecnologias-chave na forma de software, as empresas americanas mantêm a vantagem estratégica por meio de licenciamento e garantem a interoperabilidade futura com os sistemas de defesa dos EUA.

Da perspectiva sul-coreana, essas parcerias atendem a necessidades operacionais urgentes. Diante de um declínio constante na força de trabalho militar devido a tendências demográficas e ameaças contínuas das capacidades de armas balísticas e potencialmente autônomas da Coreia do Norte, a Coreia do Sul está priorizando a rápida integração de soluções tecnológicas avançadas em suas forças armadas.

A criação do Comando de Operações de Drones em 2023 representou um passo institucional fundamental, mas a modernização das capacidades continua dependente do acesso a softwares avançados e tecnologias de IA. Conforme o professor Park Jeong-soo, da Universidade Kyungwoon — anteriormente na Korea Aerospace Industries — a Coreia do Sul continua atrasada no desenvolvimento de IA, apesar de estar próxima dos padrões dos EUA em termos de engenharia de hardware. Ele estima que as empresas coreanas atingiram cerca de 70% do nível de software dos principais desenvolvedores de UAVs dos EUA, mas são limitadas por ambientes de testes operacionais limitados e dados insuficientes de aprendizado de máquina.

Além de considerações domésticas, a Coreia do Sul vê essas parcerias como um meio de aumentar sua competitividade no mercado de exportação de defesa. Com base no sucesso com o obus autopropulsado K9 e as plataformas navais, o país agora busca se consolidar como um fornecedor líder de sistemas autônomos, especialmente para países que buscam alternativas econômicas às soluções americanas. Ao codesenvolver sistemas compatíveis com os padrões da OTAN e adaptados a necessidades operacionais mais amplas, a Coreia do Sul se posiciona como um ator fundamental na formação do futuro da indústria de defesa.

Em última análise, a convergência de interesses estratégicos, industriais e geopolíticos entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos no domínio dos drones autônomos reflete uma intenção compartilhada de antecipar a evolução de conflitos futuros. Para Seul, representa uma alavanca para a modernização militar e o posicionamento internacional. Para Washington, representa uma forma de ancorar a influência tecnológica em uma região-chave, ao mesmo tempo, em que expande as cadeias de valor industriais globalmente. Juntos, os dois aliados estão lançando as bases de um novo ecossistema de defesa de alta tecnologia centrado na autonomia e na inteligência artificial.

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