EUA e Coreia do Sul ampliam aliança de segurança na região Indo-Pacífico. O Pentágono direciona cada vez mais as suas atenções para a competição estratégica com a China, e os EUA buscarão expandir a sua aliança com a Coreia do Sul para aumentar a segurança em toda a região Indo-Pacífico. A informação veio do secretário de Defesa dos EUA, Lloyd J. Austin III, em 02 de dezembro, durante sua visita a nação do nordeste da Ásia.
Em uma entrevista coletiva após a reunião com o Ministro da Defesa Suh Wook, Austin disse que foram discutidos assuntos como a ameaça representada pela Coreia do Norte e outras questões regionais.
“Discutimos maneiras de ampliar o foco da nossa aliança para tratar questões de interesse regional. Compartilhamos nossas avaliações das mudanças e do complexo ambiente de segurança regional, e enfatizamos o nosso compromisso comum na região Indo-Pacífico”, disse Austin.
O Ministro sul-coreano disse que foi discutido o envolvimento de outras nações para promover a segurança regional e o aprimoramento da cooperação multilateral.
“Concordamos com a importância da cooperação de segurança trilateral Coreia do Sul-EUA-Japão, para responder às ameaças de mísseis nucleares da Coreia do Norte, além da exploração da cooperação da nossa Nova Política Estratégia para o Indo-Pacífico”, disse Suh.
As tensões entre a China e os EUA (e seus parceiros regionais), vem aumentando, reconheceu Austin, após relatórios recentes sobre o teste de um míssil hipersônico chinês, com capacidade nuclear, que entrou em órbita em agosto (leia notícia aqui).
Mais recentemente, o ex-primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, desencadeou outra polêmica quando advertiu que uma potencial invasão chinesa à Taiwan marcaria uma emergência para a aliança Japão-EUA, o que forçaria uma resposta.
Questionado se a Coreia do Sul também defenderia Taiwan em caso de uma invasão, o Ministro sul-coreano Suh disse que não discutiu sobre as ameaças de países específicos na reunião com seu homólogo norte-americano, mas reiteraram o seu foco em garantir a segurança regional em ampla escala.
“A República da Coreia e os Estados Unidos tem uma parceria global, e trabalhamos juntos, cooperando para garantir a paz e a estabilidade em todo o mundo”, disse Suh.
Embora a reunião de 02 de dezembro tenha incluído discussões sobre como fortalecer a aliança entre ambos países, o Ministro Austin disse que a pauta não incluiu conversas sobre os submarinos nucleares, e hesitou sobre a possibilidade dos EUA levar armas nucleares de volta à Coreia do Sul, para combater a China e a Coreia do Norte. O Pentágono retirou as últimas armas nucleares da Coreia do Sul em 1991.
“Buscamos a desnuclearização completa da Península Coreana e acreditamos que a melhor maneira de atingir esse objetivo é explorar a diplomacia com a Coreia do Norte. Continuaremos a consultar de perto a República da Coreia, o Japão e outros aliados e parceiros em cada etapa do caminho”, disse Austin.
Fonte: AFM
Siga-nos no Twitter @RFA_digital
@FFO