EUA definem os termos para transferência dos F-16 à Ucrânia. Os Estados Unidos disseram que estão abertos a aprovar a transferência de caças Lockheed Martin F-16 para a Ucrânia. É a primeira vez que Washington se manifestou publicamente a favor da ideia. Porém, existirão condições.
O Secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, enviou recentemente uma carta aos seus homólogos europeus, sinalizando uma “disposição para aprovar a transferência de terceiros de aeronaves F-16 fabricadas nos EUA para a Ucrânia”. Esta afirmação por escrito foi feita dia 17, dias antes de Holanda e Dinamarca anunciarem — dia 20/08, em conjunto com a Ucrânia, a transferência de 42 F-16AM/BM, que poderá se converter em 61 unidades.
O anúncio de 20/08, efetuado após as visitas do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky a Dinamarca e a Holanda, onde se encontrou com a primeira-ministra dinamarquesa Mette Frederiksen e o primeiro-ministro holandês Mark Rutte. Serão 24 F-16AM/BM ex-Royal Netherlands Air Force (RNLAF) e outros 19 Royal Danish Air Force (RDAF), perfazendo 42 caças. A Holanda ainda tem outros 18 F-16 estocados, que num segundo momento, deverá ser transferidos, elevando a frota para 61 F-16 que voarão pela Ucrânia.
Agora o Pentágono está delineando as condições que devem ser cumpridas para que Washington aprove tal transferência. “Para que a transferência para terceiros seja concluída, há certos critérios que têm de ser cumpridos, incluindo formação em língua inglesa [e] outras coisas como logística no terreno”, disse a vice-secretária de imprensa do Pentágono, Sabrina Singh em 21 de agosto.
“Assim, uma vez atendidos esses critérios, estaremos em condições de autorizar a transferência”, acrescentou ela. Porém, é provável que a aprovação do congresso só saia após a conclusão da formação dos pilotos. Além disso, se fala em outras exigências, que ainda não teriam sido divulgadas e que estariam sendo discutidas nos bastidores.
Falando em 22 de agosto, o secretário de imprensa do departamento de defesa, Brigadeiro General Pat Ryder, disse que o Pentágono ainda não determinou onde tal treinamento ocorreria dentro dos EUA, caso fosse necessário. Kiev tem defendido vigorosamente que os seus aliados ocidentais forneçam o treinamento do F-16 à Força Aérea Ucraniana na Europa, uma medida que a administração Biden e os oficiais do Pentágono relutaram em apoiar até agora. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e sua equipe já anunciaram que o treinamento iniciaria em agosto.
Segundo informações iniciais este treinamento seria feito pela Organizado pela chamada “coalizão de caças” de 11 países da OTAN que apoiam a Ucrânia em sua guerra contra a invasão russa, o pacto tem pilotos da Dinamarca RDAF e da RNLAF liderando a instrução dos ucranianos a partir deste mês de agosto. A coalizão inclui Bélgica, Canadá, Dinamarca, Luxemburgo, Holanda, Noruega, Polônia, Portugal, Romênia, Reino Unido e a aspirante a membro da Aliança, a Suécia.
Porém, os americanos, em tese, precisa chancelar isto, o que parece que não ocorreu oficialmente.
O anúncio surge num momento em que Zelensky viaja pela Europa para se reunir com governos amigos que apoiam os esforços de guerra de Kiev. O presidente ucraniano também revelou que os pilotos ucranianos estão testando o caça Saab Gripen C/D, provavelmente ex-Força Aérea da Suécia. “Discutimos novas medidas para transferi-los para a Ucrânia”, disse Zelensky, após uma reunião com o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson.
@CAS