EUA continuam relutando em enviar os F-16 para a Ucrânia. A novela dos Lockheed Martin F-16 ucranianos segue sem uma solução prática. Apesar da OTAN ter confirmado que o treinamento dos pilotos começa em agosto, os EUA continuam a sinalizar uma grande relutância em enviar o caça americano para a Ucrânia.
Comentários recentes de um dos principais oficiais generais do Pentágono afiram que o governo Biden ainda têm dúvidas sobre o fornecimento de caças Lockheed Martin F-16 à Força Aérea Ucraniana. O medo americano é criar mais tensões em uma Europa com fortes problemas econômicos, e abrir a porta para um “conflito sujo”, com um guerra arrastada.
Os membros europeus da OTAN estão cada vez mais exercendo pressão sobre Washington a autorizar a transferência dos F-16 à Ucrânia. “As condições atuais para o emprego dos F-16… provavelmente não são as ideais”, disse no dia 13/07 o Tenente-General Douglas Sims, diretor de operações do estado-maior conjunto do Pentágono.
O comentário de Sims veio na mesma semana de uma cúpula da OTAN em Vilnius, Lituânia, durante a qual uma chamada “coalizão de caças” de 11 países europeus se uniu em torno do objetivo de fornecer a Kiev os F-16, com treinamento começando em agosto.
Sims acrescentou que, com base nas avaliações do Pentágono, a Rússia ainda tem capacidade antiaérea suficiente na Ucrânia para impedir que os F-16 tragam um impacto significativo no campo de batalha. “Os russos ainda possuem alguma capacidade defensiva antiaérea e ar-ar. O número de F-16 que seriam fornecidos pode não ser perfeito para o que está acontecendo agora”.
O governo Biden ainda não assumiu um compromisso com a “coalizão de caças” para transferir os F-16 para a Ucrânia. Isto preocupa a todos, pois a lei americana, exige que Washington aprove as vendas e transferências de quaisquer armas fabricadas nos EUA, incluindo vendas e transferências de operadores estrangeiros a terceiros (end user), como no caso da Dinamarca (33 F-16AM/BM) e Holanda (29 F-16AM/BM).
Ao longo de 18 meses de guerra, o governo Biden expressou repetidamente relutância inicial em fornecer à Ucrânia armas convencionais mais sofisticados do arsenal americano, como sistemas de defesa aérea, antes de ceder. Esta é a esperança da OTAN, que a relutância acabe em autorização. “O apoio evoluiu ao longo do tempo, à medida que a guerra evoluiu”, disse o coordenador de comunicações do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby.
A tendência é o que o treinamento comece em agosto. Como deve levar até 8 meses, é possível que os EU mantenha a restrição por mais uns meses, esperando uma definição ou um enfraquecimento russo na guerra, que poderá vir com a contra-ofensiva ucraniana do verão. “As condições do ambiente certamente estão mudando com o tempo”, diz Sims. “À medida que o futuro muda, isso certamente ditará como os combatentes serão empregados”.
Os EUA não forneceram detalhes sobre se ou como o Pentágono pode estar envolvido com o esforço de treinamento do F-16. “Apoiamos esses esforços e apreciamos a liderança que a Dinamarca e a Holanda estão fornecendo nessa frente”, disse o secretário de imprensa do Pentágono, brigadeiro-general Pat Ryder.
O ministério da defesa dinamarquês diz que o objetivo do programa é fornecer aos aviadores da Ucrânia e ao pessoal de apoio “habilidades básicas e pré-requisitos para voar, atender e manter aeronaves F-16”.
@CAS