

EUA assina acordo para operações em bases militares no Panamá. O Panamá e os Estados Unidos assinaram um acordo formalizando a cooperação em operações militares no território panamenho. Pelo acordo, o Ministério da Segurança Pública do Panamá autoriza os EUA utilizar instalações militares no país para missões de treinamento e ações humanitárias.
O Ministro da Segurança Pública do Panamá, Frank Alexis Abrego, esclareceu que o acordo não autoriza a criação de bases permanentes ou a transferência de soberania do Canal do Panamá. O acordo respeita a Constituição e o Tratado de Neutralidade d do Canal.
Nesse sentido, o governo do Panamá enfatiza que mantém o controle administrativo das instalações do Canal marítimo e poderá autorizar o acesso de tropas militares norte-americanas conforme necessário, de acordo com marco legal.
Em vigor desde 09 de abril e duração de três anos (renováveis), o acordo autoriza o uso rotativo da Base Aérea Teniente Octavio Rodríguez (antiga Base Aérea Howard), Base Naval Vasco Núñez de Balboa (antiga Estação Naval Rodman) e Base Aérea Cristóbal Colón.
A partir dessas instalações serão realizadas operações conjuntas para melhorar a interoperabilidade entre as forças militares de ambos países, especialmente no combate ao narcotráfico e o crime organizado internacional. Todas as atividades conduzidas pelos EUA terão a supervisão das autoridades panamenhas.
Com isso, está previsto o exercício conjunto PANAMAX 2026 com a participação de países convidados, principalmente para treinar forças militares na proteção do Canal do Panamá, bem como para a resposta a crises regionais.
A assinatura do documento ocorre em um contexto de crescente competição geopolítica, particularmente em relação à influência da China na região. O governo dos EUA indicou que o fortalecimento de sua cooperação com o Panamá responde à necessidade de combater a influência de Pequim na América Latina, particularmente sobre o importante Canal marítimo.
Nesse sentido, o Secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, destacou a importância estratégica do Canal do Panamá para os Estados Unidos e enfatizou que a cooperação em defesa e segurança é crucial para garantir a estabilidade na região.
Apesar do otimismo demonstrado pelos governos panamenho e norte-americano, setores de oposição ao atual governo do Panamá, incluindo sindicalistas, expressaram preocupações sobre a soberania do país e a abertura de uma maior presença militar estrangeira na região. No exterior, a China questionou o fortalecimento dos laços militares entre o Panamá e os Estados Unidos.
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