EUA aprova venda de caças F-16 Block 70 para a Bulgária. O governo dos Estados Unidos anunciou ontem (04/04), que autorizou a venda de oito aeronaves de combate multiuso F-16C/D Block 70 para a Bulgária, que serão somadas a outras oito adquiridas pelo país europeu em 2019 , para completar uma frota de 16 unidades. Este anúncio ocorre em meio à crescente tensão na Europa, depois que o presidente russo Vladimir Putin ordenou a invasão da Ucrânia.
O Departamento de Estado informou em comunicado que notificou o Congresso dos Estados Unidos de sua intenção de vender esses caças e munições para este país do Leste Europeu por um valor de US$ 1.670 milhões.
Estima-se que os novos F-16 sejam entregues à Bulgária a partir de 2024, em substituição a a frota de MiG-29 da Força Aérea Búlgara, em uso desde os tempos da Guerra Fria. A Casa Branca não especificou se essa venda poderá abrir caminho para a transferência dos caças soviéticos da Bulgária para a Ucrânia.
O Governo da Bulgária solicitou a compra de quatro aeronaves F-16C Block 70 monoplace; quatro F-16D Block 70 biplace; 11 motores F100-GE-129D; 11 radares AN/APG-83 SABR Active Electronicly Scand Array (AESA); 19 mísseis ar-ar de médio alcance AIM-120C-7/C-8 (AMRAAMs); 28 bombas (SDB) GBU-39/B; quatro Pods Avançados de Sniper AN/AAQ-33 (ATPs); 20 mísseis AIM-9X Block II e um número não especificado de bombas inteligentes guiadas por GPS e laser.
De acordo com o Departamento de Estado, esta venda apoiará a política externa e os objetivos de segurança nacional dos Estados Unidos, ajudando a aumentar a segurança de um aliado da OTAN que é uma força para a estabilidade política e o progresso econômico na Europa.
A venda proposta aumentará a capacidade da Bulgária de lidar com ameaças atuais e futuras, permitindo que a Força Aérea Búlgara implante rotineiramente aviões de combate modernos na região do Mar Negro. Atualmente a Bulgária, um estado membro da OTAN e da União Europeia, depende do complemento de caças a Aliança para manter a proteção do seu espaço aéreo.
Autoridades dos EUA disseram que o acordo de venda não estava diretamente relacionado à guerra na Ucrânia. Nos últimos dias, Kiev tem solicitado insistentemente aos países que possuem jatos MiG-29, incluindo a Bulgária, que os transferisse para apoiar a sua luta contra os invasores russos.
A venda aparentemente não tem nada a ver diretamente com a guerra na Ucrânia, pois a Bulgária trabalha ha alguns anos na modernização e atualização da sua força aérea, com objetivo de garantir a sua proteção e melhorar a interoperabilidade com os aliados da OTAN.
@FFO